Reservas Obrigatórias Dos Bancos Recuaram Para 3,3 MM$ em

Reservas Obrigatórias Dos Bancos Recuaram Para 3,3 MM$ em

O Banco de Moçambique (BdM) fez saber que as reservas obrigatórias dos bancos, em função dos depósitos, caíram 4,3% em Maio, fixando-se nos 217,5 mil milhões de meticais (3,3 mil milhões de dólares). De acordo com os dados do relatório estatístico divulgados pelo banco central, em Abril, o volume dessas reservas tinha registado uma subida, para 227,3 mil milhões de meticais (3,5 mil milhões de dólares). “O montante verificado em Maio continua abaixo do recorde histórico de Dezembro de 2023, quando as reservas ultrapassaram os 291,4 mil milhões de meticais (4,5 mil milhões de dólares), imediatamente antes do alívio nos coeficientes de obrigatoriedade”, esclarece o BdM.advertisement A instituição financeira recordou que, no início de Janeiro de 2023, o coeficiente de reservas obrigatórias estava fixado em 10,5% para depósitos em moeda nacional e em 11% para depósitos em moeda estrangeira. No entanto, ao longo do primeiro semestre do mesmo ano, o BdM aumentou por duas vezes o coeficiente, com o objectivo de “absorver a liquidez excessiva no sistema bancário, com potencial de gerar uma pressão inflacionária”. O último desses aumentos ocorreu em Junho de 2023, quando os coeficientes foram elevados para 39% dos depósitos em moeda nacional e 39,5% dos depósitos em moeda estrangeira. Como resultado, as reservas registaram um crescimento acumulado desde Dezembro de 2022, quando somavam 62,1 mil milhões de meticais. Rogério Zandamela, governador do Banco de Moçambique Face à falta de divisas no mercado interno, os empresários moçambicanos insistiram, nos últimos meses, na necessidade de o banco central aliviar os coeficientes de reservas obrigatórias em moeda estrangeira. A resposta veio no final de Janeiro de 2025, quando o Comité de Política Monetária (CPMO) decidiu reduzir os coeficientes para 29% em moeda nacional e 29,5% em moeda estrangeira, com o intuito de libertar liquidez e estimular a actividade económica. Em declarações públicas posteriores, o governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, afirmou não estarem previstas novas reduções, garantindo que a liquidez no sistema financeiro está actualmente em níveis confortáveis, incluindo no que toca à disponibilidade de divisas. “A medida de Janeiro libertou uma quantidade significativa de liquidez. Não há necessidade, neste momento, de mexer novamente nos coeficientes. Isso não é algo que se faça de ânimo leve”, sublinhou o governador em Março. Nas reuniões subsequentes, em Março e Maio, o CPMO optou por cortes adicionais na taxa de juro de política monetária, mas manteve inalterados os coeficientes de reserva obrigatória. Segundo o banco central, a estabilidade dessas reservas é essencial para assegurar a robustez do sistema bancário e a eficácia das medidas monetárias.

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