Moçambique Poderá Activar “Alerta Máximo” Face à Propagação
advertisement Moçambique enfrenta actualmente um surto activo de Mpox. Nos últimos dias, os casos têm aumentado, registando-se 31 doentes distribuídos entre as províncias de Niassa, Manica e Maputo. Neste sentido, o director Nacional de Saúde Pública, Quinhas Fernandes, afirmou que o País poderá eventualmente activar um “alerta máximo” face à propagação da doença, apelando a que se evite o pânico e a desinformação. “O número de casos vai tender a aumentar, e vai ser natural a activação de um alerta máximo. Por agora, estamos a conseguir testar todos os casos suspeitos e a maioria são negativos. O País está preparado para lidar com a doença, visto que todas as províncias têm capacidade para isolar casos positivos, havendo necessidade”, referiu o responsável citado numa publicação da Lusa. Na sua intervenção, o director Nacional de Saúde Pública exortou a sociedade para evitar a desinformação, para não haver pânico, recordando ainda ser importante não descriminar os pacientes que tenham Mpox. “Em 2022, na província de Maputo, tivemos um caso de Mpox que foi perfeitamente controlado sem qualquer tipo de desinformação”, lembrou. Na terça-feira, 5 de Agosto, o Governo, reunido em sessão de Conselho de Ministros, garantiu que Moçambique vai receber vacinas, em Setembro, para conter um possível cenário de alastramento de casos de Mpox. “A partir do próximo mês, o Ministério da Saúde passará a receber um determinado tipo de vacina para ser usada em grupos de risco e em casos de prevenção, bem como garantir a existência de reservas”, explicou o porta-voz do Executivo, Inocêncio Impissa, de acordo com o qual, as autoridades sanitárias estão a avaliar um outro tipo de medicamento adequado para adquirir face a uma eventual emergência, sendo que as medidas em curso para conter a doença estão a ser eficazes. Impissa apelou ainda ao isolamento dos casos positivos. Recentemente, o coordenador do Centro Operativo de Emergências em Saúde Pública (COESP), Filipe Murimirgua, sublinhou que esta é uma doença infectocontagiosa, “e que há sempre um risco de alastramento”, razão pela qual todas as províncias estão em alerta, tendo reconhecido melhorias nos processos de testagem em comparação com o surto registado em 2022. “O País está mais bem organizado, sobretudo na questão de detecção precoce dos casos”, concluiu. A Mpox é uma doença viral zoonótica, identificada pela primeira vez em 1970, na República Democrática do Congo. No actual surto, na África Austral, desde 1 de Janeiro que já foram notificados 77 458 casos da doença, em 22 países, com 501 óbitos. Em Moçambique, o primeiro caso foi notificado em Outubro de 2022, com um doente em Maputo.advertisement



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