ADIN Dispõe de 10 M$ Para Promoção do Desenvolvimento
A Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN) revelou que dispõe de 10 milhões de dólares (632 milhões de meticais) para apoiar a promoção do desenvolvimento socioeconómico, através da criação de emprego e oportunidades de negócios. Segundo a entidade, o fundo, estabelecido em parceria com a petrolífera TotalEnergies, deverá ser aplicado nos distritos de Palma e Mocímboa da Praia, no extremo norte da província de Cabo Delgado. “É uma parceria que estabelecemos recentemente e o orçamento visa promover actividades de desenvolvimento, favoráveis à estabilização local, com foco também para a criação de emprego e oportunidade de negócio para a juventude” disse Agia Mário, representante da ADIN, citado numa publicação da Lusa. A Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte é uma instituição pública criada em 2020 para promoção de acções de carácter multissectorial com vista ao desenvolvimento das províncias do norte de Moçambique, nomeadamente Cabo Delgado, Niassa e Nampula. Desde a sua criação, tem estado a dar resposta à crise humanitária e recuperação de infra-estruturas, particularmente nos distritos de Cabo Delgado, afectados pelo terrorismo. No seu mais recente relatório, a Organização Internacional para as Migrações (OIM) fez saber que há mais de 57 mil deslocados desde o dia 20 de Julho, após o recrudescimento de ataques de extremistas, em alguns distritos. Segundo a entidade, em termos concretos, os números incluem 490 mulheres grávidas, 1077 idosos, 191 pessoas com problemas de mobilidade e 126 crianças, explicando que as pessoas “chegam a andar mais de 50 quilómetros pela mata, noite e dia, sobretudo em direcção à sede do distrito de Chiúre, no sul da província de Cabo Delgado.” Desde Outubro de 2017, Cabo Delgado – província rica em recursos naturais, nomeadamente gás – tem sido palco de uma insurgência armada que já provocou milhares de mortos e originou uma crise humanitária com mais de um milhão de deslocados internos. Em Abril, os ataques alastraram também à vizinha província do Niassa. Um dos episódios mais graves ocorreu na Reserva do Niassa e no Centro Ambiental de Mariri, no distrito de Mecula, onde grupos armados não estatais atacaram instalações, roubaram bens, destruíram acampamentos e uma aeronave do parque. Estes actos resultaram na morte de, pelo menos, duas pessoas, e levaram à deslocação de mais de dois mil indivíduos, dos quais 55% crianças.advertisement



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