Encontro Entre PR e CEO da TotalEnergies, Recuo da

Encontro Entre PR e CEO da TotalEnergies, Recuo da

A semana económica em Moçambique foi marcada por grandes temas que influenciam a expansão e melhoria do ambiente de negócios. Com o intuito de “transmitir sinais positivos” aos investidores nacionais e internacionais, o CEO da TotalEnergies, Patrick Pouyanné, reuniu-se nesta quinta-feira, (10), com o Presidente da República, Daniel Chapo, para debater o reinício das actividades no projecto de gás natural liquefeito (GNL) localizado na Área 1 da bacia de Rovuma, na província de Cabo Delgado, região Norte de Moçambique. O encontro teve lugar na cidade de Maputo, numa altura em que se prepara o levantamento da “força maior” accionada em 2021, ao mesmo tempo que várias empresas subcontratadas estão a receber instruções para se prepararem no sentido de regressar aos trabalhos na península de Afungi, no distrito de Palma. O projecto está avaliado em cerca de 20 mil milhões de dólares e, em Março passado, o banco norte-americano US Exim Bank revalidou um empréstimo de 4,7 mil milhões de dólares, passo considerado determinante para a viabilização do reinício das actividades. Está igualmente em análise um novo financiamento de cerca de 7 mil milhões de dólares, a ser garantido por entidades financeiras dos Estados Unidos.advertisement Redução da Inflação Para 3,2% Até 2028 Por outro lado, com o objectivo de criar estabilidade económica e promover o bem-estar social, o Governo, através do Cenário Fiscal de Médio Prazo (CFMP) de 2025-28, adoptado a 24 de Junho em Conselho de Ministros, anunciou que antevê uma diminuição progressiva da inflação até 2028, estabilizando em torno dos 3,2%. Segundo o documento, neste período, prevê‑se uma trajectória gradual de desaceleração da inflação, convergindo com a meta de médio prazo do Banco de Moçambique (BdM) – cerca de 3,2% -, desde que se mantenha a disciplina fiscal, a estabilidade cambial e que não ocorram choques externos significativos. O CFMP destaca ainda que a diversificação da oferta interna e o reforço das cadeias de abastecimento contribuirão para reduzir a vulnerabilidade a choques externos. No entanto, para 2025, projecta‑se uma aceleração moderada da inflação, com uma taxa média anual estimada em cerca de 7%, impulsionada pelos preços dos alimentos importados, energia e custos de transporte. Abrandamento da actividade empresarial Esta semana soube-se, contudo, de um dado não muito satisfatório para o sector privado; é que as condições de operação das empresas moçambicanas voltaram a deteriorar-se em Junho de 2025, com o índice PMI (Purchasing Managers’ Index) do Standard Bank Moçambique a cair de 49,6% em Maio para 49,1%, uma redução que sinaliza uma nova contracção da actividade no sector privado nacional. “Em Junho, ocorreram contracções mensais na produção, nas novas encomendas e nas aquisições”, refere o relatório, sublinhando que “o PMI de Junho é consistente com as pressões fiscais recorrentes e com os desequilíbrios entre a oferta e a procura de moeda externa no mercado cambial, que limitam a procura agregada.” Ainda assim, apesar do quadro de contracção, o relatório aponta sinais de resiliência. “As empresas moçambicanas comunicaram um novo crescimento no número de funcionários”, justificado pelo aumento da procura por mão-de-obra e por um “novo aumento do volume de encomendas em atraso”. Este crescimento, porém, não impediu a queda geral na actividade, tendo em conta que os prazos de entrega dos fornecedores também melhoraram, embora ao ritmo mais lento dos últimos três meses. Texto: Cleusia Chirindzaa dvertisement

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