Autoridades Consideram Que Desenvolvimento Económico Depende

advertisement A directora Nacional de Mudanças Climáticas de Moçambique, Jadwiga Massinga, defendeu nesta segunda-feira, 11 de Agosto, que o desenvolvimento económico do País está aliado a urgência na adaptação às alterações climáticas. De acordo com a responsável, o Governo está comprometido em melhorar a qualidade de vida de todos os moçambicanos. No entanto, depende da contribuição de todos os sectores sociais face à emergência das mudanças climáticas. “Devemos pensar na melhor maneira de praticar a agricultura, a indústria e nos mecanismos para assegurar o transporte e acesso à energia, mas, ao mesmo tempo, devemos trabalhar para reduzir as nossas emissões e poluir menos.” “A adaptação às mudanças climáticas é importante, mas também devemos assegurar que não haja fome no País, que todos tenhamos acesso à comida e que as nossas cidades não sofram. Assim, há que garantir que as florestas sejam usadas da melhor forma para que sirvam de fontes de rendimento ligadas ao financiamento climático”, sugeriu Massinga. A dirigente recordou que, em 2021, Moçambique recebeu, através do Mecanismo de Parceria para o Carbono Florestal (FCPF) do Banco Mundial, 6,4 milhões de dólares como parte de um projecto de reflorestamento, especificamente em reconhecimento pela redução de emissões provenientes do desmatamento e degradação florestal na Zambézia. Moçambique é considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, mas também períodos prolongados de seca severa. Só entre Dezembro e Março, o País já foi atingido por três ciclones, que, além da destruição de milhares de casas e infra-estruturas, provocaram cerca de 175 mortos, nas regiões Norte e Centro. Os eventos extremos provocaram pelo menos 1016 mortos em Moçambique entre 2019-23, afectando cerca de 4,9 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.advertisement