BAD Disponibilizou 1,6 MM$ a Moçambique Desde 2015 Para
advertisemen tO presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), Akinwumi Adesina, anunciou nesta quarta-feira, 13 de Agosto, em Maputo, que a instituição que dirige disponibilizou, desde 2015, um total de 1,6 mil milhões de dólares a Moçambique. Citado pela Lusa, o responsável clarificou que a verba serviu para financiar projectos estruturantes nas áreas da indústria extractiva, agricultura e transportes e ainda para a expansão da rede eléctrica, sobretudo nas regiões Centro e Norte do País. “Entre 2015-25 fornecemos 1,6 mil milhões de dólares a Moçambique. O BAD financia projectos na indústria extractiva e apoia iniciativas ligadas à agricultura e à expansão da electricidade”, sublinhou Adesina, durante a realização da assembleia-geral da Africa50, um mecanismo continental que financia a construção de infra-estruturas, e que decorre sob o tema “Moçambique e Africa50: Unir Infra-estruturas, Conectar Continentes e Transformar Vidas”. O BAD desempenha um papel significativo no desenvolvimento de Moçambique, com investimentos em diversos sectores que visam impulsionar o crescimento económico e enfrentar desafios como as mudanças climáticas. Recentemente, a instituição financeira revelou que prevê uma recuperação do sector extractivo em Moçambique, que deverá impulsionar o crescimento da economia para 2,7% em 2025 e 3,5% em 2026. Segundo o relatório de “Perspectivas Económicas Africanas (AEO, sigla inglesa) de 2025”, a inflação deverá aumentar para 4,8% este ano e até 5,2% em 2026, devido ao aumento dos preços dos alimentos locais. O AEO 2025 foi publicado em Maio durante as reuniões anuais do BAD que decorrem em Abidjan, Costa do Marfim, cujo tema central foi a mobilização dos recursos do continente, libertando-o de dependência externa. O documento clarifica que as previsões para o País sucedem a um crescimento mitigado do Produto Interno Bruto (PIB) de 1,8% em 2024, devido ao “declínio da produção nas indústrias extractivas e na agricultura”, após um crescimento de 5,4% em 2023, recordando também a descida da inflação até 7% em 2023 e 3,2% em 2024. De acordo com a instituição financeira africana, o défice orçamental “deverá aumentar para 5,4% do PIB em 2025 e depois diminuir para 4,5% em 2026 devido à consolidação orçamental. No caso de Moçambique, os principais riscos para o crescimento incluem as alterações climáticas, a agitação social e os seus efeitos nas actividades económicas, os cortes na ajuda externa e as tensões comerciais a nível mundial.” Neste sentido, o BAD considera urgente melhorar a eficiência das despesas públicas, diversificar os mercados de exportação e fomentar o diálogo “entre todos os partidos políticos”. Um dos indicadores apontados na análise diz respeito ao baixo rácio impostos/PIB, a rondar 23%, “situando-se abaixo dos padrões regionais, sinalizando um potencial fiscal não realizado.”advertisement
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