Banco Mundial Desafia Sector Privado Português a Incrementar

Banco Mundial Desafia Sector Privado Português a Incrementar

advertisemen tO Banco Mundial (BM) descreveu que Moçambique é um país com potencialidades, riquezas e oportunidades de negócios, desafiando o sector privado português a investir e ajudar no crescimento da economia. “Em Moçambique, temos cerca de 5 mil milhões de dólares em operações do Banco Mundial, e os investimentos vão continuar, porque o País precisa e está cheio de oportunidades. Além disso, tem um enorme potencial de riqueza”, afirmou Chenjerani Simon Chirwa, gestor de Procurement para a África Austral ao nível do organismo internacional. A informação foi partilhada nesta terça-feira, 25 de Novembro, em Maputo, durante a apresentação do portefólio de projectos e procedimentos de contratação pública para ‛procurement’ do BM. O evento foi promovido em parceria com a Embaixada de Portugal em Moçambique em representação da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP).advertisement Na ocasião, o responsável afirmou que a instituição que representa quer que o sector privado, em particular o português, com investimentos no País, se prepare para garantir o acesso ao financiamento disponibilizado, referindo que o banco está a avançar com estratégias para melhorar o relacionamento com os empresários, sobretudo no que respeita ao acesso à informação. Por sua vez, o embaixador de Portugal, Jorge Monteiro, acrescentou que a presença portuguesa em Moçambique é sólida, e que as empresas estão presentes em todos os sectores, contribuindo para a criação de cadeias de valor e de recursos humanos qualificados. “Portugal acredita profundamente num modelo de desenvolvimento em que o financiamento bilateral, o investimento privado e as parcerias bilaterais convergem.” Em Maio, o Governo revelou que Moçambique falhou, em 2024, pagamentos de serviço da dívida externa num montante de 3,4 mil milhões de meticais (46,7 milhões de euros), sendo que mais de metade deviam ser entregues a Portugal. De acordo com um relatório, as operações não foram concretizadas devido às dificuldades causadas pela agitação pós-eleitoral. “Trata-se de um total de 3,4 mil milhões de meticais distribuídos entre 2,9 mil milhões de meticais em capital e 492,2 milhões de meticais em juros, valores transitados para 2025, representando uma pressão adicional”, avança o documento elaborado e divulgado pelo Ministério das Finanças. De acordo com o Executivo, entre os principais credores, Portugal apresentou-se como o maior credor bilateral, com um total de 1,8 mil milhões de meticais (o equivalente a 24,7 milhões de euros) em atraso. “As instituições multilaterais estiveram também entre os credores mais significativos, como o Fundo Monetário Internacional, com 718,75 milhões de meticais.” “No final do ano passado, os atrasados ​​do Estado referiam-se exclusivamente à dívida externa. Não foram verificados atrasos no pagamento do serviço da dívida interna. Os mesmos decorreram, sobretudo, da limitação na arrecadação de receitas, condicionada pelo clima de instabilidade pós-eleitoral, que se prolongou por quase cinco meses após as eleições gerais.”

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