Depósitos de Poupança Fixaram-se em Mais de 4 MM$ em Maio
O Banco de Moçambique (BdM) fez saber que os depósitos de poupança atingiram, em Maio deste ano, um total de 302,5 mil milhões de meticais (4,6 mil milhões de dólares), representando um aumento de 15%. De acordo com um relatório, em igual período de 2024, os números situavam-se nos 264,7 mil milhões de meticais (4,1 mil milhões de dólares), “crescendo progressivamente, todos os meses.” Segundo a instituição financeira, os depósitos à ordem também aumentaram, passando dos 377,7 mil milhões de meticais (5,8 mil milhões de dólares) no ano passado, para 440,4 mil milhões de meticais (6,8 mil milhões de dólares) em Maio deste ano, ou seja, um acréscimo de 16,5%. O banco central recordou que, actualmente, funcionam em Moçambique 15 bancos comerciais e 12 microbancos, além de cooperativas de crédito e organizações de poupança e crédito, entre outras. Recentemente, o Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique decidiu cortar, pela nona vez consecutiva, a taxa de juro de política monetária (taxa MIMO), fixando-a em 10,25%. A nova taxa representa uma descida de 75 pontos-base e reflecte, segundo o banco central, “a consolidação contínua das perspectivas de inflação em um dígito no médio prazo, impulsionada pela tendência favorável dos preços internacionais de mercadorias.” No entanto, a autoridade monetária alerta que persistem riscos internos relevantes. “Esta medida decorre, essencialmente, da contínua consolidação das perspectivas da inflação em um dígito, reflectindo, em parte, a tendência favorável dos preços internacionais de mercadorias, não obstante a manutenção, a nível doméstico, de riscos e incertezas associados às projecções”, afirmou Rogério Zandamela, governador do BdM. Apesar da evolução positiva da inflação, o responsável advertiu para a existência de riscos que poderão pressionar os preços nos próximos meses. Entre os factores destacados estão o agravamento da situação fiscal, as incertezas quanto à recuperação da capacidade produtiva, a oferta de bens e serviços e os choques climáticos. “A antevisão para o médio prazo aponta para uma recuperação gradual da actividade económica, excluindo a produção de Gás Natural Liquefeito, favorecida, em parte, pela redução das taxas de juro e pelas perspectivas de implementação de projectos em áreas estratégicas”, acrescentou Zandamela.
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