Oferta Monetária Cresceu 6,5% em 2024 e Atingiu 930 Milhões

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O Banco de Moçambique (BdM) anunciou que a oferta monetária registou um crescimento de 6,5% em 2024, atingindo um total de 69,4 mil milhões de meticais (930 milhões de dólares) em Maio de 2025. Segundo dados da instituição, este valor representa o montante mais elevado de dinheiro físico em circulação no País durante o ano.

O relatório estatístico do banco central indica que, apesar da introdução da nova série de notas e moedas do metical, lançada em Junho de 2024, a quantidade de dinheiro físico em circulação manteve uma tendência de crescimento anual.

Em Dezembro de 2024, a oferta monetária atingiu um máximo histórico de 71,5 mil milhões de meticais (958 milhões de dólares), após sucessivos aumentos desde Março daquele ano, seguidos por ligeiras quedas mensais.

A prática de retirar dinheiro de circulação é habitual no âmbito da política monetária contraccionista adoptada pelo banco central para controlar a inflação, que em Moçambique registou deflação em Junho de 2025 pelo terceiro mês consecutivo, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O Índice de Preços no Consumidor (IPC) de Junho indicou uma redução dos preços de 0,07% face ao mês anterior, especialmente nos sectores da alimentação e bebidas não alcoólicas.

Comparando com 2024, o IPC registou uma subida homóloga de 4,1% em Junho de 2025, reflectindo aumentos nos preços da alimentação, bebidas não alcoólicas e serviços relacionados com restaurantes e hotéis, que subiram 9,3% e 8,5%, respectivamente.

O Governo prevê que a inflação feche 2025 em torno de 7%, num cenário económico marcado pela coexistência do aumento da oferta monetária e do controlo dos preços.

A nova série do metical, lançada a 16 de Junho de 2024, mantém as denominações anteriores em notas de papel e polímero e eliminou algumas moedas de baixo valor, como as de 20 e 5 centavos, preservando outras como as de 10, 5, 2 e 1 metical, além de moedas de 1, 10 e 50 centavos.

Rogério Zandamela, governador do BdM, explicou que esta actualização segue a prática habitual dos bancos centrais de renovar as notas a cada cinco anos para melhorar o design, a segurança e valor cultural das moedas. As novas notas e moedas circulam em paralelo com as séries anteriores, emitidas desde 2006, mantendo o seu curso legal e poder liberatório no território nacional.

Fonte: Lusa

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