BdM Reduz Novamente Taxa de Juro Para 10,25% • Diário

BdM Reduz Novamente Taxa de Juro Para 10,25% • Diário

O Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique decidiu, esta quinta-feira, 31 de Julho, cortar, pela nona vez consecutiva, a taxa de juro de política monetária (taxa MIMO), fixando-a em 10,25%, anunciou o governador da instituição, Rogério Zandamela, em conferência de imprensa realizada em Maputo, citado pela agência Lusa.

A nova taxa representa uma descida de 75 pontos base e reflecte, segundo o banco central, “a consolidação contínua das perspectivas de inflação em um dígito no médio prazo, impulsionada pela tendência favorável dos preços internacionais de mercadorias”. No entanto, a autoridade monetária alerta que persistem riscos internos relevantes.

“Esta medida decorre, essencialmente, da contínua consolidação das perspectivas da inflação em um dígito, reflectindo, em parte, a tendência favorável dos preços internacionais de mercadorias, não obstante a manutenção, a nível doméstico, de riscos e incertezas associados às projecções”, afirmou Rogério Zandamela.

A trajectória descendente da taxa MIMO teve início a 31 de Janeiro de 2024, quando passou de 17,25% para 16,5%. Desde então, o CPMO procedeu a cortes sucessivos: em Março para 15,75%, Maio (15%), Julho (14,25%), Setembro (13,5%), Novembro (12,75%), Janeiro de 2025 (12,25%), Março de 2025 (11,75%) e em Maio de 2025 para 11%. A actual redução para 10,25% marca o nono corte em série.

Apesar da evolução positiva da inflação, o governador advertiu para a existência de riscos que poderão pressionar os preços nos próximos meses. Entre os factores destacados estão o agravamento da situação fiscal, as incertezas quanto à recuperação da capacidade produtiva, a oferta de bens e serviços e os choques climáticos.

“A antevisão para o médio prazo aponta para uma recuperação gradual da actividade económica, excluindo a produção de Gás Natural Liquefeito, favorecida, em parte, pela redução das taxas de juro e pelas perspectivas de implementação de projectos em áreas estratégicas”, acrescentou o responsável.

O CPMO sublinhou que continuará a acompanhar a evolução dos principais indicadores macroeconómicos, reafirmando o compromisso com o processo de normalização da taxa MIMO. O ritmo e a magnitude dos próximos ajustamentos dependerão da trajectória da inflação e da avaliação contínua dos riscos e incertezas associados.

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