Reservas Internacionais Líquidas Cresceram Para 3,8 Mil
O Banco de Moçambique (BdM) fez saber que as Reservas Internacionais Líquidas (RIL) renovaram os seus máximos no mês de Maio, ao ultrapassarem os 3,8 mil milhões de dólares (240,1 mil milhões de meticais). O relatório do banco central, divulgado pela Lusa, recorda que, em Abril, essas reservas estavam fixadas em 3,7 mil milhões de dólares (233,8 mil milhões de meticais) e cobriam mais de três meses de necessidades estimadas de importações. A instituição financeira esclarece que as reservas – em moeda estrangeira – tinham registado em Fevereiro o valor mais baixo num ano, ao recuarem para 3,5 mil milhões de dólares, enquanto em Março tinham subido 1% para 3,6 mil milhões de dólares. advertisement No entanto, em Julho de 2024, as RIL tinham atingido o pico de 239,8 mil milhões de meticais (3,8 mil milhões de dólares) — que na altura foi considerado o valor mais alto dos últimos anos. Em Maio, o governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, revelou que o País enfrentou um processo de “dolarização” da economia no final de 2024, impulsionado pela instabilidade pós-eleitoral, que provocou uma forte pressão sobre o mercado cambial e levou à tentativa de retirada de divisas do sistema bancário nacional. Questionado sobre as garantias de liquidez cambial avançadas em Março, numa altura em que os empresários se queixavam da escassez de moeda estrangeira para importações, Zandamela defendeu que a posição se baseou numa avaliação feita até então, sendo que, posteriormente, se verificou uma tendência de “blindagem com a dolarização de activos financeiros e não financeiros.” “Não é incomum isto. Quando há uma situação de crise (…) é também uma questão de confiança. Houve muitas pessoas a sair do País. Uns perderam confiança, queriam vender tudo o que tinham e partir: ‘será que o nosso país tem futuro ou não?’ Essa pressão não surpreende, isto aconteceu. Mas ninguém disse o que estava a fazer, e não iriam dizer”, sublinhou. O governador reconheceu que a pressão sobre o acesso a divisas foi “muito forte”, mas garantiu que a banca nacional desempenhou o seu papel com responsabilidade: “Os bancos conhecem os seus clientes.”advertisement



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