BAD Aprova 17 M$ Para Apoiar Programas de Reconstrução •

O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) aprovou um orçamento de 17 milhões de dólares (mil milhões de meticais) para apoiar os programas de reconstrução da província de Cabo Delgado, região Norte de Moçambique, afectada pelo terrorismo desde 2017. Num comunicado citado pela agência Lusa, a entidade refere que a verba deverá contribuir para a criação de 24 mil postos de emprego para jovens com idades entre 18 e 35 anos, sendo que 50% do valor será destinado a apoiar mulheres, beneficiando um total de 100 mil. “O desemprego juvenil atinge actualmente 25% da população da província, na maioria jovens sem emprego e sem estarem matriculados em cursos de educação ou formação”, afirmou Babatunde Omilola, gestor de Capital Humano, Juventude e Desenvolvimento de Competências do Gabinete Regional do BAD. Mencionado na nota, o responsável explicou que o fundo vai ser alocado no âmbito do Projecto Investimento Resiliente para o Empoderamento Socioeconómico, Paz e Segurança (RISE-PS) que visa combater as fragilidades de Cabo Delgado através do empoderamento. “O programa coloca os jovens como agentes de construção da paz, libertando o seu potencial por meio do desenvolvimento de competências, do empreendedorismo e de oportunidades de trabalho dignas para impulsionar os esforços de estabilização económica”, sustentou. Omilola frisou que de entre as várias iniciativas a materializar, a RISE-PS vai avançar, dentro do mesmo pacote de financiamento, com a criação de um Centro de Investimento para a Paz e a Segurança, a ser coordenado pela Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN) de Moçambique. Desde Outubro de 2017, Cabo Delgado – província rica em recursos naturais, nomeadamente gás – tem sido palco de uma insurgência armada que já provocou milhares de mortos e originou uma crise humanitária com mais de um milhão de deslocados internos. Em Abril, os ataques alastraram também à vizinha província do Niassa. Um dos episódios mais graves ocorreu na Reserva do Niassa e no Centro Ambiental de Mariri, no distrito de Mecula, onde grupos armados não estatais atacaram instalações, roubaram bens, destruíram acampamentos e uma aeronave do parque. Estes actos resultaram na morte de, pelo menos, duas pessoas, e levaram à deslocação de mais de dois mil indivíduos, dos quais 55% crianças.advertisement

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