OIM Anuncia Mais de 57 Mil Deslocados Desde o Dia 20 de

OIM Anuncia Mais de 57 Mil Deslocados Desde o Dia 20 de

advertisement A Organização Internacional para as Migrações (OIM) fez saber que há mais de 57 mil deslocados desde o dia 20 de Julho, após o recrudescimento de ataques de extremistas, em alguns distritos da província de Cabo Delgado, na região Norte de Moçambique. “A escalada de ataques e o crescente medo da violência por parte de grupos armados não estatais nos distritos de Muidumbe, Ancuabe e Chiúre levaram ao deslocamento de aproximadamente 57 034 indivíduos, num total de 13 343 famílias”, descreveu a entidade por meio de um relatório com dados de 20 de Julho a 3 de Agosto. Segundo o documento divulgado pela Lusa, em termos concretos, os números incluem 490 mulheres grávidas, 1077 idosos, 191 pessoas com problemas de mobilidade e 126 crianças, explicando que as pessoas “chegam a andar mais de 50 quilómetros, pela mata, noite e dia, sobretudo em direcção à sede do distrito de Chiúre, no sul da província de Cabo Delgado.” “Trata-se do maior pico de deslocados por ataques, com destino a Chiúre, em cerca de um ano. Do total registado nos últimos 15 dias, destaca-se ainda 2310 pessoas que fugiram das aldeias de Magaia e Chitunda entre 23 e 28 de Julho, 2765 pessoas que saíram da aldeia de Nanduli e de 51 959 indivíduos que fugiram de Nantavo”, especificou a OIM. A organização acrescentou que os agentes no terreno apontam a alimentação como a necessidade humanitária mais urgente, seguida de abrigo e de produtos não alimentares, sendo que, do universo de deslocados, 22 939 foram abrigados em Namisir e 27 558 em Micone, na vila sede do distrito de Chiúre. Desde Outubro de 2017, Cabo Delgado – província rica em recursos naturais, nomeadamente gás – tem sido palco de uma insurgência armada que já provocou milhares de mortos e originou uma crise humanitária com mais de um milhão de deslocados internos. Em Abril, os ataques alastraram também à vizinha província do Niassa. Um dos episódios mais graves ocorreu na Reserva do Niassa e no Centro Ambiental de Mariri, no distrito de Mecula, onde grupos armados não estatais atacaram instalações, roubaram bens, destruíram acampamentos e uma aeronave do parque. Estes actos resultaram na morte de, pelo menos, duas pessoas, e levaram à deslocação de mais de dois mil indivíduos, dos quais 55% crianças.advertisement

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