Canadá Garante Continuar a Apoiar Sectores da Saúde e

Canadá Garante Continuar a Apoiar Sectores da Saúde e

O Alto Comissariado do Canadá em Moçambique garantiu nesta terça-feira, 29 de Julho, que vai continuar a apoiar o desenvolvimento dos sectores da saúde e educação, bem como a implementação de políticas de emprego e oportunidades económicas para a juventude face à redução dos recursos externos. “Em 2026, o Canadá assumirá o papel de parceiro focal do Fundo de Apoio ao Sector da Educação (FASE), o que permitirá fornecer uma ajuda mais direccionada à educação voltada para o emprego e oportunidades económicas para a juventude moçambicana”, avança um comunicado da entidade citado pela Lusa. Segundo o documento, a informação foi partilhada durante um encontro em Maputo entre a alta comissária do Canadá no País, Sara Nicholls, e o Presidente da República, Daniel Chapo, no âmbito do fim da sua missão diplomática em Moçambique. Durante a reunião, a responsável afirmou que o seu país vai envidar esforços para melhorar o acesso aos livros escolares, reforçar a formação contínua dos professores e o incremento do financiamento às escolas, sobretudo num contexto de “redução dos recursos externos”. Para além da saúde e educação, os dois governos manifestaram interesse em apoiarem-se no combate aos “desafios sistémicos”, que incluem, sobretudo, as uniões prematuras, violência baseada no género, conflitos envolvendo crianças e a falta de emprego. Recentemente, o Governo do Canadá disponibilizou 450 milhões de meticais (7,1 milhões de dólares), para apoiar organizações feministas no âmbito da segunda fase do programa ALIADAS. A iniciativa, com duração de cinco anos, é financiada pelo Global Affairs Canada (GAC) e visa promover os direitos das mulheres, reforçar a igualdade de género e consolidar uma identidade feminista no contexto moçambicano. O apoio agora anunciado pretende dar continuidade à intervenção iniciada em 2019, tendo como prioridade grupos que enfrentam vulnerabilidades específicas, como mulheres afectadas pelo conflito em Cabo Delgado, mulheres LGBTQI+, jovens urbanas e rurais. Segundo Paula Monjane, directora-executiva do programa, o financiamento quer beneficiar “colectivos, sejam organizações ou grupos de mulheres que trabalham para os direitos das mulheres”, com acções que abrangem também o combate à violência baseada no género. A primeira fase do ALIADAS (2019-24) foi implementada pelo Centro de Aprendizagem e Capacitação da Sociedade Civil (CESC) e beneficiou directamente 14 organizações lideradas por mulheres, com actuação nos domínios dos direitos sexuais e reprodutivos, combate à violência baseada no género, liderança política e justiça económica.advertisement

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