Administrador do Millennium bim Apela à Responsabilidade e
advertisemen tO administrador do Millennium bim, Januário da Costa Valente, defendeu, nesta quinta-feira, 13 de Novembro, uma gestão mais consciente e disciplinada no acesso ao crédito bancário, lembrando que os fundos emprestados provêm dos depósitos dos clientes e devem ser aplicados em projectos viáveis, sustentáveis e com risco partilhado entre banco e empresário. O apelo foi feito durante a sua intervenção na 20.ª edição da Conferência Anual do Sector Privado (CASP), na qual o representante salientou que o financiamento empresarial deve basear-se em projectos viáveis, com retorno assegurado e risco partilhado entre o banco e o investidor. “Os fundos que nós emprestamos são de depósitos dos nossos clientes, e temos de o fazer de forma consciente, disciplinada e com muita responsabilidade, porque temos de devolver esses depósitos”, afirmou. O gestor destacou o papel do Programa de Sociedades de Garantias Mútuas (PSGM), que utiliza fundos do Governo para apoiar o financiamento empresarial, mas advertiu que tais recursos “não são fundos perdidos” e devem ser devolvidos. “Há necessidade de devolvermos os fundos assim que for necessário. Para isso, temos de convencer os bancos de que o projecto tem pernas para andar”, declarou. Valente sublinhou ainda que os empresários precisam de demonstrar compromisso nos investimentos. “Não posso pedir 100% de investimento e passar todo o risco para o banco. É necessário que o sócio contribua para que o organismo sinta que o empresário acredita no seu negócio”, reforçou. O administrador chamou também a atenção para a importância da contabilidade organizada e da literacia financeira, referindo que muitos empresários ainda se aproximam dos bancos sem informação financeira sólida. “Temos de começar por organizar as nossas contas. Só assim o banco poderá perceber a verdadeira situação da empresa e tomar uma decisão informada”, vincou, destacando os programas de apoio e formação promovidos pelo Millennium bim para ajudar as pequenas e médias empresas. Sobre o risco de crédito, o responsável argumentou que “o banco não empresta dinheiro a contar com a execução de garantias ou colaterais. Emprestamos com a perspectiva de que o dinheiro será devolvido. Riscos existem, mas temos de mitigá-los.” Em relação ao futuro económico do País, Januário da Costa destacou as oportunidades que surgem com os grandes projectos previstos para os próximos anos, especialmente em sectores como o gás natural e as infra-estruturas. “Moçambique tem grandes perspectivas de crescimento. É importante que as empresas se preparem para aproveitar estas oportunidades, caso contrário serão as internacionais a vir consumir o que é nosso”, advertiu. A 20.ª edição da CASP visa fortalecer os compromissos entre o Estado e o sector privado para relançar a economia nacional através de reformas que aumentem a competitividade, promovam o investimento e garantam um crescimento sustentável, inclusivo e resiliente. Texto: Germano Ndlovo



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