China promete política fiscal “mais proativa” e orientação

China promete política fiscal "mais proativa" e orientação

Segundo a agência noticiosa oficial Xinhua, os 24 membros do órgão reuniram-se sob a presidência do secretário-geral do PCC e chefe de Estado, Xi Jinping, tendo destacado que, apesar das “dificuldades”, a China deverá cumprir em 2025 as “principais metas económicas e sociais”. Este ano marca também o final do 14.º plano quinquenal (2021-2025), que o Partido classificou como um sucesso. “Respondemos a várias perturbações e desafios, e tanto o ‘poder duro’ da China, em áreas como economia, ciência, tecnologia e defesa, como o ‘poder brando’, na cultura, instituições e diplomacia, registaram melhorias significativas”, referiu o comunicado. Para garantir a estabilidade e o progresso em 2026, o PCC defendeu “uma melhor coordenação entre as políticas económicas internas e os conflitos comerciais internacionais”, numa referência indireta à guerra comercial com os Estados Unidos, atualmente suspensa por um período de um ano, após um acordo alcançado em outubro. Entre as prioridades para o próximo ano, o Politburo destacou o reforço dos “ajustes anticíclicos”, a “melhoria da eficácia das políticas macroeconómicas”, o estímulo a “novos motores de crescimento” e a aposta num “desenvolvimento baseado na inovação”. A liderança comunista voltou a sublinhar a importância de consolidar a procura interna, ainda fragilizada pela desconfiança dos consumidores, como principal motor do crescimento, e reafirmou o compromisso com a abertura económica ao exterior e a construção de um “mercado interno forte”. O Politburo defendeu também uma maior articulação entre desenvolvimento e segurança, e apelou à prevenção de riscos em setores estratégicos, com ênfase na estabilização do emprego e das expectativas das empresas e dos mercados. O ano de 2026 marcará o início do 15º plano quinquenal, que terá a autossuficiência tecnológica como eixo central. As metas económicas deverão continuar a seguir o princípio de “progredir com estabilidade”, de acordo com o documento. Numa alusão ao agravamento recente da crise no setor imobiliário e ao aumento da pressão sobre os rendimentos familiares, o Partido destacou ainda a necessidade de promover a “harmonia social”, com medidas de apoio às populações mais vulneráveis. O texto menciona especificamente a resolução de problemas como os salários em atraso dos trabalhadores migrantes e os pagamentos em dívida às empresas. Está previsto que ainda durante este mês se realize a Conferência Central de Trabalho Económico, uma reunião anual de alto nível que define as orientações macroeconómicas da China para o ano seguinte. No entanto, os objetivos concretos para 2026 – incluindo crescimento do PIB, défice, inflação e desemprego – só serão divulgados na sessão anual da Assembleia Nacional Popular, que tradicionalmente ocorre no início de março. Leia Também: China atinge excedente comercial recorde de 858 mil milhões

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