Combustíveis afundam até sete cêntimos na 2.ª feira. Veja as

Os preços dos combustíveis vão descer no início da próxima semana, de acordo com as previsões divulgadas esta sexta-feira pelo Automóvel Club de Portugal (ACP). Assim, o preço do gasóleo deverá descer sete cêntimos, ao passo que a gasolina deverá também descer 3,5 cêntimos. Isto numa altura em que o gasóleo simples está nos 1,634 euros por litro, enquanto a gasolina simples 95 está a custar 1,720 euros por litro, de acordo com os preços médios mais recentes atualizados pela Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) no site Preços dos Combustíveis Online. Estes preços médios diários, refira-se, “são apurados com base nos preços comunicados pelos postos de combustível, ponderados com as quantidades vendidas do último período conhecido, incorporando os descontos praticados nos postos de abastecimento como cartões frota e outros”. Fim do desconto no ISP? Bruxelas, “para já, não impôs nenhuma data” O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, disse que a Comissão Europeia “não impôs nenhuma data” para fim do desconto no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISP), que será gradual para evitar encarecer preços. “A Comissão, para já, não impôs nenhuma data, nenhum calendário, mas tem continuado a frisar que Portugal, entre outros países – creio que são cerca de mais 10 – têm de reverter estes descontos na tributação dos combustíveis”, disse Joaquim Miranda Sarmento. Em declarações aos jornalistas portugueses em Bruxelas no final da reunião dos ministros das Finanças da UE, o governante apontou que “o fim do desconto do ISP, a reversão do desconto do ISP, será o mais gradual possível”. “Portanto, não podemos antecipar nem o gradualismo, nem o seu fim”, referiu Joaquim Miranda Sarmento. Após as críticas de Bruxelas, desde 2023, o Governo vai começar agora a retirar de forma gradual o benefício relativo ao ISP. Em causa estão descontos sobre o ISP na compra de gasolina e gasóleo, apoios criados em 2022 e 2023 na sequência da crise energética relacionada com a guerra na Ucrânia e com a elevada inflação. O Governo não incluiu na proposta do Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) nenhuma previsão para a eliminação destes descontos e já sinalizou que o processo deverá ser gradual. A tutela das Finanças já veio garantir estar a trabalhar numa solução que não encareça os preços dos combustíveis, apontando que vai começar a retirar o benefício em momentos de redução dos preços. Este exercício surge devido às recomendações da Comissão Europeia para uma redução destes descontos, por serem medidas de caráter excecional que visaram suavizar o impacto do aumento dos preços dos combustíveis. A eliminação do desconto em vigor no ISP e a atualização da taxa de carbono trariam uma receita adicional para os cofres do Estado de 1.132 milhões de euros, estima o Conselho das Finanças Públicas. O Governo estima que as receitas com o imposto sobre os produtos petrolíferos e energéticos (ISP) subam 187 milhões de euros para 4.254 milhões de euros, segundo a proposta do Orçamento do Estado para 2026 hoje apresentada. Lusa | 14:23 – 09/10/2025 Leia Também: Afinal, o que aconteceu aos combustíveis? Veja como estão agora os preços



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