“Crédito Bancário Cresceu 17% em Seis Anos Atingindo 3,6
advertisemen tO crédito concedido pela banca nacional a empresas e consumidores registou um crescimento de 17% entre 2017 e 2023, alcançando 269,4 mil milhões de meticais (3,63 mil milhões de dólares), de acordo com o relatório da Estratégia Nacional de Inclusão Financeira (ENIF) 2025-2031, divulgado pelo Ministério das Finanças, citado esta sexta-feira, 22 de Agosto, pela Lusa. Segundo o documento, este aumento reflecte uma evolução positiva no acesso ao crédito, sinalizando uma “possível expansão da actividade económica”. O Governo atribui o desempenho à melhoria das condições macroeconómicas e à implementação de políticas públicas orientadas para estimular a concessão de crédito. Em 2017, o volume total do crédito concedido cifrava-se em 230,4 mil milhões de meticais (3,10 mil milhões de dólares), o que significa que, em seis anos, a economia absorveu mais 39 mil milhões de meticais (526 milhões de dólares) em financiamento, através de diversos canais formais e informais. Além da banca, destacam-se microbancos, cooperativas de crédito, operadores de microcrédito, sociedades de investimento, grupos de poupança rotativa e empréstimos familiares. Apesar do crescimento, o acesso permanece limitado. Em 2023, apenas 9,7% dos adultos possuíam uma conta de crédito, contra 5,1% em 2015. O relatório sublinha ainda uma diferença marcada entre homens e mulheres: apenas 5,6% das mulheres têm conta de crédito, face a 12,2% dos homens. Para o Governo, estes dados evidenciam a necessidade de desenvolver produtos financeiros diferenciados, capazes de responder às especificidades de género. A Estratégia Nacional de Inclusão Financeira para o período 2025-2031 define quatro pilares centrais: expandir o acesso a produtos e serviços financeiros, aumentar a utilização de serviços acessíveis e de qualidade, promover a literacia financeira e reforçar a protecção dos consumidores, assegurando confiança no sistema financeiro. O aumento reflecte uma evolução positiva no acesso ao crédito, sinalizando uma possível expansão da actividade económica O documento destaca que a inclusão financeira é entendida como um catalisador para o desenvolvimento socioeconómico do País. “Não se limita a proporcionar maior acesso a produtos e serviços financeiros, mas visa capacitar indivíduos e empresas a melhorar os seus meios de subsistência, fortalecer a resiliência e participar plenamente na economia”, lê-se no relatório. Entre os benefícios apontados, está a promoção do empreendedorismo, a dinamização da poupança e do investimento, factores considerados essenciais para o bem-estar económico e social. A nova estratégia resulta de consultas amplas entre o Governo, instituições financeiras, sector público e privado, bem como parceiros de desenvolvimento. Na conclusão, o Ministério das Finanças afirma que a ENIF 2025-2031 “reflecte o compromisso conjunto de posicionar a inclusão financeira como um pilar central do desenvolvimento socioeconómico de Moçambique”, num contexto em que o País procura reforçar a estabilidade macroeconómica e aumentar a participação da população no sistema financeiro formal.



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