CTA Alerta Para “Riscos Económicos” e Defende “Soluções

CTA Alerta Para "Riscos Económicos" e Defende “Soluções

advertisemen tA Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) alertou, esta quarta-feira, 17 de Dezembro, para os riscos que continuam a comprometer a recuperação da economia nacional e defendeu a adopção urgente de reformas estruturais e de soluções equilibradas que protejam o investimento privado e o emprego. A posição foi expressa pelo presidente da CTA, Álvaro Massingue, durante o briefing de final de ano de 2025. Na sua intervenção, Álvaro Massingue reconheceu que a actual direcção da CTA assumiu funções “num dos períodos mais desafiantes para a economia nacional”, marcado por constrangimentos estruturais profundos, pelo impacto das manifestações do período pós-eleitoral, pela contracção da actividade económica e pelas dificuldades no acesso a divisas. “Este contexto afectou a confiança dos agentes económicos e condicionou o normal funcionamento das empresas”, afirmou. Apesar do cenário adverso, o dirigente sublinhou a capacidade de resistência do sector privado, destacando que o mesmo “demonstrou uma notável capacidade de resiliência, mantendo-se como pilar do crescimento inclusivo e da criação de emprego”. Segundo Álvaro Massingue, foi neste contexto que a CTA conseguiu alcançar metas relevantes ao longo do ano, com destaque para a realização da 20.ª edição da Conferência Anual do Sector Privado (CASP), de duas edições do Conselho de Monitoria do Ambiente de Negócios e da promoção de missões empresariais internas e externas.advertisement O presidente da CTA salientou ainda os avanços registados no plano institucional, referindo que a Confederação realizou, com sucesso, as eleições dos seus órgãos, procedeu à reestruturação interna e revitalizou as plataformas de diálogo público-privado. “Permitimos uma comunicação mais eficaz, inclusiva e orientada para resultados”, afirmou, acrescentando que a entidade participou, também, activamente em eventos económicos relevantes. Sobre o ambiente macroeconómico, Álvaro Massingue considerou que os indicadores apontam para “uma ligeira melhoria ao longo do ano, ainda que com sinais de estagnação no terceiro trimestre”, situação que, no seu entender, “confirma a urgência de reformas estruturais capazes de transformar o potencial do País em resultados concretos”. Referiu igualmente que os dados do Índice de Robustez Empresarial demonstram, “simultaneamente, a resiliência das empresas e os desafios persistentes ao nível da procura, do emprego e do acesso a factores produtivos essenciais.” Um dos pontos centrais do discurso foi a situação da Mozal, que a CTA considera um activo estratégico para a economia nacional. Álvaro Massingue advertiu ser “imperativo encontrar soluções equilibradas que salvaguardem, simultaneamente, os interesses dos investidores e do País”, defendendo que se evite “a todo o custo, o encerramento da fábrica, cenário que teria consequências graves”, incluindo a falência de Pequenas e Médias Empresas e despedimentos em massa. O sector privado demonstrou uma notável capacidade de resiliência, mantendo-se como pilar do crescimento inclusivo e da criação de emprego A CTA reafirmou a sua disponibilidade para contribuir para uma solução negociada, sublinhando que “uma solução sustentável para a Mozal passa, necessariamente, por um acordo em torno de um preço de energia competitivo”, integrado num pacote mais amplo que inclua “a disponibilização de pelo menos 40% do alumínio para o mercado doméstico”, como forma de promover a industrialização a jusante, e o reforço da participação de empresas nacionais na cadeia de valor. O presidente da CTA defendeu ainda que o actual contrato possa ser estendido por um período adicional de seis a doze meses, criando condições para negociações mais aprofundadas. “A CTA está firmemente comprometida em trabalhar para uma solução que preserve o investimento, proteja o emprego e contribua de forma efectiva para o desenvolvimento económico e social de Moçambique”, declarou. Na recta final da sua intervenção, Álvaro Massingue reiterou a necessidade de reformas fiscais, administrativas, jurídicas e sectoriais, afirmando que “precisamos de um Estado mais eficiente, previsível e transparente, que reduza riscos, estimule o investimento produtivo e fortaleça a competitividade da economia nacional”. Olhando para o futuro, anunciou que a Confederação já está a trabalhar na preparação da 21.ª edição da CASP, prevista para o segundo semestre de 2026, bem como na implementação do Plano Estratégico da CTA. “O nosso apelo é claro e inequívoco: aprofundar o diálogo público-privado e mobilizar investimento para que as reformas se traduzam em crescimento competitivo, mais emprego e melhores condições de vida para os moçambicanos”, concluiu. Texto: Nário Sixpenea dvertisement

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