“Depender só de uma fonte de rendimento pode expor à

A comissária europeia Maria Luís Albuquerque concedeu uma entrevista ao jornal espanhol El Mundo na qual alerta os jovens para o risco de dependerem somente de uma fonte de rendimento. A comissária com a pasta dos Serviços Financeiros e Mercado de Capitais refere que esta incerteza está relacionada com a idade para a reforma ser cada vez mais tardia e a mão de obra ativa cada vez menor. “À medida que a esperança de vida aumenta e as carreiras profissionais se tornam mais fragmentadas, depender exclusivamente de uma fonte de rendimento pode expor as pessoas a uma vulnerabilidade financeira na velhice”, afirmou a responsável, ao abordar a questão sobre se os jovens europeus poderão viver durante a reforma apenas com os rendimentos das prestações públicas. A antiga ministra das Finanças de Portugal lembrou, nesta senda, que “as pensões públicas vão enfrentar uma pressão crescente à medida que as populações envelhecem e a população ativa diminui”. Assim, explicou, que “o nosso trabalho sobre as pensões complementares tem um objetivo simples: oferecer a todos os cidadãos oportunidades adicionais para construir segurança financeira para a sua reforma”. “As pensões complementares oferecem uma camada adicional de proteção para que as gerações mais jovens possam reformar-se com rendimentos adequados”, acrescentou, defendendo que “cada estado membro decide como estruturar o seu sistema de pensões (…) mas que todos os países da Europa enfrentam desafios semelhantes: envelhecimento da população, aumento da esperança média de vida e mercados de trabalho onde o trabalho não convencional e temporário é cada vez mais comum”. Maria Luís Albuquerque foi indigitada, pela conferência de presidentes do Parlamento Europeu, como comissária europeia para os Serviços Digitais e a União das Poupanças e Investimentos, no ano passado. Aos 57 anos, a antiga governante portuguesa tornou-se numa das 11 mulheres entre 27 nomes (uma quota de 40% para mulheres e de 60% de homens) do executivo comunitário de Ursula Von der Leyen. Leia Também: Bélgica enfrenta 1.º de três dias de greves contra reformas do governo



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