“Economia Nacional Deverá Crescer Até 2,8% em 2026”, Aponta

 “Economia Nacional Deverá Crescer Até 2,8% em 2026”, Aponta

advertisemen tA economia nacional deverá registar um crescimento entre 2,1% e 2,8% em 2026, beneficiando de um contexto de inflação relativamente controlada, da introdução de reformas orientadas para a melhoria do ambiente de negócios e da retoma gradual dos grandes projectos de gás. A projecção consta do Relatório do Índice de Robustez Empresarial (IRE), referente ao III Trimestre de 2025, apresentado esta quarta-feira, 17 de Dezembro, em Maputo. De acordo com o documento, as perspectivas económicas para o próximo ano são moderadamente positivas, num quadro ainda marcado por fragilidades internas e riscos externos. “O crescimento esperado deverá ser impulsionado pelo investimento público em infra-estruturas socioeconómicas e pela retoma dos projectos liderados pela TotalEnergies e pela ExxonMobil, com impacto directo em sectores como a construção, transportes, logística e serviços”, refere o índice, sublinhando que a saída de Moçambique da “lista cinzenta” do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI) é “um factor que melhora o perfil do País enquanto destino de investimento.” No plano do ambiente macroeconómico interno, o Índice do Ambiente Macroeconómico situou-se nos 52% no terceiro trimestre de 2025, reflectindo “uma ligeira recuperação da procura agregada, associada à reposição gradual do tecido empresarial afectado pelas manifestações pós-eleitorais (de Outubro de 2024), bem como ao efeito das medidas de recuperação empresarial em curso”. O relatório assinala ainda a continuidade da tendência de redução das taxas de juro, apesar de uma ligeira subida da taxa de inflação.advertisement Já no que respeita ao desempenho empresarial, o Índice de Robustez Empresarial manteve-se nos 26%, o mesmo nível observado no segundo trimestre de 2025. Segundo a análise, “a actividade empresarial continua condicionada pela escassez de divisas, pela redução relativa da procura das famílias e pelo abrandamento do investimento em projectos de expansão”. Ainda assim, a estabilidade dos preços e a descida gradual das taxas de juro têm contribuído para alguma resiliência das empresas face às adversidades conjunturais. O crescimento esperado deverá ser impulsionado pelo investimento público em infra-estruturas socioeconómicas e pela retoma dos projectos liderados pela TotalEnergies e pela ExxonMobil, com impacto directo em sectores como a construção, transportes, logística e serviços Ao nível sectorial, a agricultura registou um incremento das receitas, impulsionado pelo reajuste dos preços de alguns produtos, embora continue pressionada pelo aumento dos custos dos insumos. “A indústria permanece afectada pela manutenção em alta dos custos de produção e pelo agravamento dos custos logísticos, enquanto os transportes enfrentam maiores encargos de manutenção devido à degradação das vias de acesso e à retoma do pagamento de portagens. Em contrapartida, os sectores da hotelaria e restauração beneficiaram de um aumento da procura, sobretudo nos principais centros urbanos”, refere o documento. O relatório analisa igualmente as dinâmicas do mercado de trabalho, através do Índice de Tendências de Emprego. No terceiro trimestre de 2025, o índice de emprego temporário, e em tempo parcial, fixou-se em 31,5%, reflectindo uma ligeira recuperação da procura de mão-de-obra, associada à retoma de actividades anteriormente paralisadas e a algum dinamismo no sector do turismo. Já o índice de disposição das empresas para contratar recuou para 24,6%, face aos 25,9% do trimestre anterior, evidenciando que a retoma económica continua frágil e ainda insuficiente para estimular novos investimentos e projectos geradores de emprego. O Índice de Robustez Empresarial aponta para uma trajectória de recuperação gradual da economia nacional, sustentada por reformas estruturais, estabilidade macroeconómica e pela retoma dos grandes projectos, embora sublinhe que os constrangimentos estruturais continuam a limitar um crescimento mais robusto e inclusivo. Texto: Nário Sixpenea dvertisement

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