UA Aprovou Apoio de 1,8 M$ Para Mitigar Efeitos Negativos em

UA Aprovou Apoio de 1,8 M$ Para Mitigar Efeitos Negativos em

advertisement O Governo fez saber que a União Africana (UA) aprovou um apoio de 1,8 milhão de dólares (113,7 milhões de meticais) para mitigar os efeitos negativos do ‘El Niño’ que já afectou mais 18 mil moçambicanos, acrescentando que a decisão surgiu após uma avaliação efectuada pela agência especializada African Risk Capacity (ARC). De acordo com o documento de execução orçamental de Janeiro a Junho, a agência da União Africana apurou o valor, através de uma apólice de seguro paramétrico contra a seca para a época chuvosa 2024-25. “Foi apurado em Abril de 2025, um pagamento na ordem de 1,8 milhão de dólares, que vai permitir assistir a cerca de 18 mil agregados familiares. Moçambique continua a ressentir-se dos impactos do fenómeno ‘El Niño’, que tem maior incidência nas zonas Sul e Centro do País, provocando situações de insegurança alimentar”, destaca. O relatório destaca que o impacto dos choques climáticos, com destaque para os ciclones tropicais Dikeledi e Jude, ocorridos nos primeiros meses do ano em curso, causaram enormes prejuízos nas infraestruturas económicas e sociais. Moçambique é considerado um dos países mais vulneráveis ​​​​aos efeitos das mudanças climáticas globais, enfrentando ciclicamente inundações e ciclones tropicais durante a estação chuvosa, de Outubro a Abril. O El Niño é uma mudança na dinâmica atmosférica causada por um aumento nas temperaturas do oceano. O fenómeno causou chuvas torrenciais na África Oriental este ano, com centenas de mortes em países como o Quénia, Burundi, Tanzânia, Somália e Etiópia. Em Fevereiro, o relatório da Classificação Integrada das Fases de Segurança Alimentar estimou que cerca de 3,3 milhões de pessoas enfrentariam insegurança alimentar devido aos impactos dos choques climáticos e da insurgência armada no País. No documento, é referido que “o número de pessoas em situação de insegurança alimentar aguda e que necessitam de assistência urgente (…) poderá passar de 2,79 milhões para cerca de 3,28 milhões de pessoas, de Outubro (de 2024) a Março de 2025.” As Nações Unidas também estimaram, na altura, que a insegurança alimentar agravada pelo El Niño atingiu “níveis sem precedentes” no País, ameaçando quase cinco milhões de pessoas, num cenário de seca e de falta de financiamento internacional para apoio no terreno. Moçambique continua a ressentir-se dos impactos do fenómeno ‘El Niño’, que tem maior incidência nas zonas Sul e Centro do País, provocando situações de insegurança alimentar De acordo com um relatório do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), as conclusões resultam da análise à actividade agrícola e de insegurança alimentar, indicando que “atingiu níveis sem precedentes em Moçambique”, com um total de 4 890 232 pessoas ameaçadas por essa insegurança alimentar até ao final da campanha, encerrada em Março. Aquela agência das Nações Unidas lançou em 2024 um apelo para 222 milhões de dólares de apoio internacional para combater os efeitos da seca em Moçambique, mas reconhece que enfrenta “um défice de financiamento significativo”, tendo angariado apenas 28,7 milhões de dólares, equivalente a 13% das necessidades identificadas. Os eventos extremos já provocaram, pelo menos, 1016 mortos em Moçambique entre 2019-23, afectando 4,9 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística. O número de ciclones que atinge Moçambique “tem vindo a aumentar na última década”, assim como a intensidade dos ventos, alerta-se no relatório do Estado do Clima em Moçambique 2024, do Instituto Nacional de Meteorologia de (INAM), noticiado no final de Março.advertisement

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