FEMATRO Repudia Greves no Sector Dos Transportes e Pede
advertisement A Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO) manifestou-se, nesta segunda-feira, 11 de Agosto, contra as constantes paralisações no sector do transporte público de passageiros, declarando-se alheia às greves e condenando acções coercivas contra colegas que escolhem continuar a trabalhar, informou a agência Lusa. “Não estamos a favor das greves e paralisações, apesar de reconhecermos a existência de preocupações. Mas estamos contra as paralisações que estão a ocorrer e demarcamo-nos delas. Quem convoca estas paralisações nem tem rosto”, afirmou à agência Lusa o presidente da FEMATRO, Castigo Nhamane. A declaração surgiu após a zona metropolitana de Maputo ter registado, na manhã desta segunda-feira (11), uma reduzida circulação de transportadores semi-colectivos de passageiros, os conhecidos “chapas”, em resultado de uma alegada greve convocada de forma informal. Entre as queixas mais recorrentes dos operadores estão acções da polícia na estrada, que incluem aplicação de multas e confisco de cartas de condução. Outra fonte de tensão mencionada foi o preço do transporte público, que continua a ser apontado como incompatível com os custos operacionais, sobretudo nas cidades. Muitos transportadores defendem um aumento das tarifas para compensar as longas distâncias percorridas, alegando que os valores actuais não cobrem despesas com combustíveis, manutenção e licenciamento. Esta insatisfação leva ao encurtamento de rotas e a frequentes paralisações das actividades. Castigo Nhamane revelou que a “FEMATRO desconhece a origem destas paralisações, que ocorrem de forma recorrente desde as manifestações pós-eleitorais”. A federação está preocupada com a escalada da instabilidade e apela à intervenção das autoridades nacionais para restaurar a ordem nas estradas. “Hoje mesmo houve paralisações. O que nós repudiamos é que aqueles transportadores que acham que não há condições para trabalhar deviam simplesmente parar as actividades”. (…) Ir para a estrada e obrigar aqueles que querem trabalhar a descarregar passageiros sob ameaça de furar pneus é uma posição com a qual não concordamos”, disse o presidente da FEMATRO. A organização afirma estar em diálogo com o Governo para discutir as principais preocupações dos operadores, incluindo os elevados custos de operação. Segundo Castigo Nhamane, foram recebidas garantias de resposta por parte do Executivo ainda esta semana. Sobre as alegações de multas excessivas, o responsável pela FEMATRO acrescentou: “Um (destes) dias, ouvimos alguém a dizer que estas constantes paralisações se devem às constantes aplicações de multas, mas quando perguntamos à polícia que multas são essas, a informação é que muitos daqueles motoristas que foram autuados não apresentam cartas compatíveis com a actividade de transporte de passageiros. A actividade de transporte tem requisitos, e os mesmos devem ser cumpridos, e um deles é que o condutor possua carta de serviço público.”advertisement
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