Governo Aprova Registo do Partido Anamola, Liderado Por

Governo Aprova Registo do Partido Anamola, Liderado Por

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O Ministério da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos aprovou esta sexta-feira, 15 de Agosto, o registo do partido Anamola, liderado pelo político e ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, informou, à Lusa, o mandatário judicial da formação, Mutola Escova.

“Recebemos a comunicação hoje, na qual o Ministério da Justiça autoriza o pedido para o registo do partido que tínhamos apresentado”, declarou Mutola Escova, acrescentando que, com esta autorização, será possível proceder de imediato ao registo formal de Anamola na conservatória.

O assessor político de Venâncio Mondlane e secretário-geral interino do partido, Dinis Tivane, confirmou igualmente a aprovação. “Festejemos o início formal da revolução moçambicana”, escreveu numa mensagem publicada na rede social Facebook, adiantando que Venâncio Mondlane irá pronunciar-se sobre a decisão “em breve.”

O partido foi inicialmente proposto, em Abril último, com a sigla Anamalala (Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo), mas, a pedido do Governo, foi alterada para Anamola. A anterior designação, segundo o Executivo, carregava um “significado linguístico” na língua macua, falada maioritariamente na província de Nampula, significando “vai acabar” ou “acabou”, expressão popularizada por Venâncio Mondlane durante a campanha para as eleições gerais de 9 de Outubro de 2024 e nas manifestações que se seguiram, contestando os resultados eleitorais.

Após as eleições, que declararam vencedor Daniel Chapo, apoiado pela Frelimo, o País viveu um período de forte agitação social, com protestos e paralisações convocados por Venâncio Mondlane. De acordo com organizações não-governamentais que acompanharam o processo eleitoral, cerca de 400 pessoas terão morrido em confrontos com as forças policiais. As tensões diminuíram após dois encontros entre Chapo e Mondlane, que visaram pacificar o cenário político.

Segundo um ofício do Ministério da Justiça datado de 28 de Maio e assinado pelo ministro Mateus Saíze, a sigla “Anamalala” não poderia ser aprovada por já ter um significado linguístico pré-existente. O Governo concedeu um prazo de 30 dias para a alteração, o que levou à apresentação do novo acrónimo “Anamola”, mantendo-se, contudo, o nome completo Aliança Nacional para um Moçambique Livre e Autónomo.a d v e r t i s e m e n t

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