Governo Defende Igualdade de Género Como Pilar do

Governo Defende Igualdade de Género Como Pilar do

advertisement A ministra do Trabalho e Acção Social, Ivete Alane, apelou esta quinta-feira, 21 de Agosto, à sociedade para investir na promoção da igualdade e da equidade de género, sublinhando tratar-se de um pilar essencial para alcançar um desenvolvimento sustentável e inclusivo no País. Segundo a Agência de Informação de Moçambique, a governante, que falava na abertura do workshop de apreciação e validação do Relatório da Análise Situacional e da Ficha Informativa de Género para Moçambique, afirmou que a igualdade de género não deve ser encarada apenas como uma meta, mas como “um elemento estruturante do progresso do País.” Ivete Alane reforçou a importância do investimento na educação das raparigas e mulheres, destacando o seu impacto social. “Ao educarmos uma rapariga, ao educarmos uma mulher, estamos a educar uma nação inteira. É importante investirmos na mulher, na promoção da igualdade e equidade de género e nas estatísticas de género”, declarou. Para a responsável, alcançar esse objectivo depende do fortalecimento das estatísticas de género e dos sistemas de monitoria nacionais, trabalho que conta com o apoio da Comissão Económica das Nações Unidas para África (UNECA). “Precisamos de dados fiáveis, sistemas robustos de monitoria e uma forte apropriação nacional. Sem dados de qualidade, é difícil formular políticas eficazes e justas”, sublinhou Ivete Alane, defendendo que a informação estatística deve servir de base para políticas inclusivas e de combate às desigualdades. Segundo a ministra, as estatísticas de género “são mais do que números”, constituindo ferramentas de justiça social que permitem identificar desigualdades, medir progressos e avaliar políticas públicas. Apesar dos avanços registados, Ivete Alane reconheceu que as mulheres e raparigas continuam a enfrentar barreiras significativas no acesso à educação, ao emprego digno e à protecção social. Alertou ainda para a escassez de dados desagregados por sexo, essenciais para compreender fenómenos como o trabalho informal, a distribuição do uso do tempo e os impactos das mudanças climáticas sobre mulheres e raparigas. “Sem dados fiáveis ​​e desagregados, corremos o risco de tomar decisões que não respondem à realidade vivida pelas nossas populações”, advertiu. A ministra destacou que, embora haja progressos no aumento da participação das mulheres em órgãos de decisão, os desafios permanecem. “Os relatórios mostram progressos importantes, como a crescente participação das mulheres em órgãos de decisão. Mas alertam-nos também para desafios sérios, como o aumento no registo de casos de violência baseada no género, o que exige acção firme e coordenada de todos nós”, afirmou. Ivete Alane frisou que o projecto em curso não deve ser visto como uma acção isolada, mas como parte de uma agenda nacional de transformação, salientando o empenho do Governo em utilizar as estatísticas de género para monitorar o impacto das políticas públicas e assegurar que “ninguém seja deixado para trás.” Para a ministra, a igualdade de género deve ser entendida como condição indispensável para a construção de uma sociedade mais justa e para o desenvolvimento sustentável de Moçambique, exigindo o envolvimento activo de instituições públicas, do sector privado e da sociedade civil.advertisement

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