Governo Quer Incentivar Investigação Científica Para Reduzir

Governo Quer Incentivar Investigação Científica Para Reduzir

O Executivo avançou que, nos próximos anos, vai passar a alocar 1% do orçamento destinado ao sector da saúde para promover a investigação científica e incentivar a produção local de fármacos, para contribuir para a redução em 30% da dependência externa de medicamentos até 2030. “Pretendemos continuar a trabalhar para garantir a produção local dos medicamentos e reduzir a dependência em 30% até 2030. Neste momento, 90% de todos os fármacos e produtos de saúde existentes no nosso país são importados, e é preciso reverter este cenário”, explicou o secretário permanente do Ministério da Saúde (MISAU), Ivan Manhiça. Citado numa publicação da Lusa, o responsável admitiu que o alcance da meta vai “exigir financiamento adicional” face à exiguidade de recursos, incluindo os que são alocados anualmente para o sector da saúde, dentro do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE). “Vamos alocar pelo menos 1% do nosso orçamento para fomentar a investigação científica de modo que possamos trazer soluções locais. Pretendemos avançar com a busca de linhas de financiamento e parcerias com o sector privado, incluindo o aprofundamento da ligação com diferentes autoridades reguladoras de medicamentos”, esclareceu. Em Maio, o ministro da Saúde, Ussene Isse, tinha revelado que nos primeiros cinco meses deste ano haviam sido gastos 9,4 mil milhões de meticais (145,8 milhões de dólares) na aquisição de medicamentos e material hospitalar, garantindo haver stock suficiente até ao final do ano. “Nos primeiros cinco meses deste ano, distribuímos medicamentos e material para tratar as principais doenças que afectam as pessoas no nosso país, nomeadamente doenças diarreicas, respiratórias, hipertensão arterial, diabetes, tuberculose e malária”, destacou. Intervindo no Parlamento, durante a sessão de perguntas dos deputados, o governante voltou a admitir a existência de “desafios” para travar o roubo de medicamentos, mas adiantou que, só este ano, o “Ministério da Saúde já expulsou cinco funcionários envolvidos no desvio dos fármacos.” “O País tem ‛stock’ suficiente para os próximos seis meses. Entretanto, registámos algumas restrições para a aquisição de medicamentos do sistema cardiovascular e do sistema nervoso, como analgésicos. Como se recordam, os armazéns sofreram vandalizações durante o período das manifestações (Outubro de 2024)”, declarou.advertisement

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