Governo Reconhece Que Fim da USAID Ameaçou “Colapsar
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O Governo reconheceu que o fim do financiamento por parte da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID) representou um “choque externo significativo”, com impactos negativos nos sectores da saúde, agricultura e emprego, ameaçando “colapsar os serviços básicos”.
Num documento sobre a execução orçamental de Janeiro a Junho, o Ministério das Finanças assume que a suspensão dos apoios obrigou o Executivo a redireccionar recursos internos. “Neste contexto, temos adoptado medidas que visam garantir a sustentabilidade dos serviços essenciais e estimular a economia nacional.”
“Estas medidas incluem a reorientação da despesa pública, mobilização de recursos internos, apoio à produção nacional, reforço da protecção social e melhoria da eficiência na gestão orçamental, mitigando assim os impactos negativos da interrupção da ajuda externa, promovendo a resiliência económica e social do País”, esclareceu.
Recentemente, a agência de notação Fitch avançou que o fim dos apoios da USAID em Moçambique contribuiu para agravar a escassez de moeda estrangeira no País, dado que os desembolsos daquela agência representavam cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB).
Segundo a Fitch, a escassez de divisas em 2025 intensificou-se parcialmente devido à queda dos financiamentos externos ao Governo, incluindo a suspensão da USAID que, em 2024, desembolsou 37 mil milhões de meticais (586 milhões de dólares) para projectos prioritários nas áreas da saúde e educação.
O encerramento definitivo da USAID, anunciado a 1 de Julho deste ano pelo novo Governo dos Estados Unidos, liderado por Donald Trump, resultou na perda de cerca de 2500 postos de trabalho em Moçambique, de acordo com dados do Governo, um impacto que a ministra do Trabalho, Género e Ação Social, Ivete Alane, reconheceu como um “problema” para a economia, apesar de não existirem estimativas oficiais detalhadas.a d v e r t i s e m e n t



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