Governo Reforça Capacidade de Resposta a Desastres Com Apoio
O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), em parceria com o Governo e com o Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), e com financiamento da Agência de Cooperação Internacional da Coreia (KOICA), lançou a terceira fase de formações nacionais destinadas a reforçar a resiliência a desastres, a adaptação climática e a coesão social no País, informou esta quarta-feira, 5 de Novembro, o organismo das Nações Unidas em comunicado.
Segundo a nota, a evento está a decorrer desde dia 3 até dia 6 de Novembro, na cidade de Chimoio, província de Manica, e segue-se às formações realizadas anteriormente em Pemba (Cabo Delgado) e Beira (Sofala). A iniciativa insere-se num esforço nacional para capacitar 175 pontos focais provinciais e distritais dos Conselhos Técnicos de Gestão de Calamidades (CTPGD/CTDGD) e dos Centros Operativos de Emergência (COE) nas províncias de Cabo Delgado, Nampula, Niassa, Sofala e Manica, dotando-os de ferramentas e conhecimentos que lhes permitam antecipar, responder e recuperar de crises de forma mais eficaz.
A formação em Manica reúne 41 participantes provenientes dos distritos de Chimoio, Macate, Vanduzi e Gondola, e tem como objectivo reforçar as competências em redução do risco de desastres (RRD), adaptação às mudanças climáticas, comunicação de risco, coordenação interinstitucional e abordagem sensível a conflitos, elementos considerados essenciais para a construção de comunidades resilientes e coesas.
Na sessão de abertura, a directora do Centro Nacional Operativo de Emergência (CENOE), Ana Cristina João Manuel, agradeceu o apoio contínuo da KOICA e do PNUD na implementação desta iniciativa nas províncias mais afectadas pelas alterações climáticas e conflitos.
“Esta formação não é apenas sobre competências técnicas, é sobre capacitar os actores locais para fazerem a diferença no seu trabalho diário. No final deste processo, os nossos pontos focais estarão mais bem preparados para proteger vidas, fortalecer a coordenação e garantir que ninguém fique para trás”, afirmou a responsável.
Ana Cristina Manuel destacou ainda que o conhecimento adquirido será transmitido às comunidades locais, promovendo uma cultura de prevenção, preparação e solidariedade comunitária.
Ao dar as boas-vindas aos participantes, o delegado provincial do INGD em Manica, Borges Inácio Viagem, apelou a um ambiente de colaboração e partilha de experiências durante os quatro dias de formação.
“A participação activa, o diálogo aberto e a troca de experiências são essenciais. Cada contribuição fortalecerá a nossa capacidade colectiva de responder com maior eficácia aos desafios impostos pelos desastres e pelas mudanças climáticas”, afirmou.
A formação em Chimoio marca um “passo importante nos esforços de Moçambique” para reforçar a resiliência institucional e comunitária face à crescente frequência e gravidade dos desastres naturais. O País continua entre os mais vulneráveis do mundo aos efeitos das alterações climáticas, enfrentando ciclones tropicais, cheias, secas e deslocações populacionais.
Com esta série de formações, o PNUD, o INGD e a KOICA procuram operacionalizar uma abordagem multidimensional e sensível a conflitos, integrando redução de riscos, adaptação climática e inclusão social. As sessões são conduzidas com metodologias participativas e adaptadas ao contexto local, promovendo capacidades em avaliação de danos e perdas, sistemas de alerta precoce, comunicação estratégica e tomada de decisões baseada em dados.a d v e r t i s e m e n t



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