“Gráficas Moçambicanas já Começaram a Produzir Livros
advertisement O Executivo anunciou nesta terça-feira, 5 de Agosto, após mais uma sessão ordinária do Conselho de Ministros, que as gráficas moçambicanas deram início à produção efectiva do livro escolar das 1.ª à 3.ª classes do Sistema Nacional de Ensino (SNE). “Asseguramos que as gráficas já iniciaram a produção local dos livros. Trata-se de um esforço do Governo, que foi assumido com responsabilidade, visto que estamos diante de um grande investimento”, descreveu Inocêncio Impissa, porta-voz do Executivo. Citado numa publicação da Lusa, Impissa referiu que, anteriormente, a produção era feita no estrangeiro devido às dificuldades de financiamento e às condições impostas pelos parceiros, facto que “criava um certo desconforto ao País”. Nos últimos anos, o sistema de ensino tem enfrentado dificuldades na distribuição dos manuais escolares, problemas que estão relacionados com a contratação de profissionais não qualificados como coordenadores e autores dos livros, alguns dos quais, em 2022, continham erros graves nas disciplinas de Geografia, Matemática e História. Entretanto, para evitar atrasos na distribuição de livros, a Associação Moçambicana das Indústrias Gráficas (AIGM) apelou ao Governo para dar prioridade às gráficas nacionais através de concursos públicos favoráveis que privilegiem as capacidades existentes no País, em vez de favorecer as empresas estrangeiras, sobretudo as de origem portuguesa. Recentemente, a ministra da Educação e Cultura, Samaria Tovela, confirmou, na Assembleia da República, que a quota orçamental destinada ao sector da educação sofreria uma redução em 2025, passando de 14,2% do Orçamento Geral do Estado em 2024 para 12,1%. Apesar disso, a governante garantiu que o Executivo continuará a investir na qualificação dos professores e na melhoria das infra-estruturas escolares, com vista a assegurar um sistema educativo mais inclusivo, resiliente e adaptado aos desafios actuais. “O Governo continua a considerar a educação uma das suas prioridades e está empenhado em garantir que os recursos disponíveis sejam utilizados com maior eficiência. A actual conjuntura orçamental está fortemente condicionada pelos efeitos da crise pós-eleitoral, que provocou uma desaceleração económica e uma quebra na arrecadação de receitas internas”, sustentou. No âmbito do Plano Quinquenal do Governo (2025-29), está prevista a admissão gradual de 58 128 professores até 2029, o que deverá permitir reduzir o rácio actual para 55 alunos por docente. A ministra salientou que estas medidas visam melhorar as condições de ensino e o acesso à educação de qualidade em todo o País. Na área do ensino das Ciências, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM), foram capacitados 44 mil professores das 3.ª e 4.ª classes, além de 228 docentes do Ensino Secundário e 392 formadores de institutos de formação de professores. A estes somam-se 85 formadores do ensino técnico-profissional e 325 docentes do ensino superior, tendo sido ainda criados clubes de robótica em várias escolas secundárias.advertisement
Publicar comentário