Mais de 1,1 milhão de empregos criados em Angola nos últimos

Mais de 1,1 milhão de empregos criados em Angola nos últimos

Os dados avançados pela ministra da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social (MAPTSS), Teresa Dias, na abertura do seminário estatístico nacional, indicam ainda que o mercado de trabalho gerou 225.157 novos empregos em 2024, um aumento de 17% face a 2023. O Inquérito ao Emprego em Angola (IEA) 2024 publicado em setembro deste ano pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) revelou que, no total, a taxa de desemprego em Angola em 2024 foi de 31,5%, correspondendo a 5,6 milhões de pessoas sem trabalho, com o desemprego mais elevado no meio urbano (34,3%) que no rural (26,4%). Já os dados referentes ao segundo trimestre deste ano indicam que a taxa de desemprego fixou-se em 28,8%, contra os 29,4% registados no trimestre anterior. A ministra do MAPTSS realçou que entre 2024 e o primeiro semestre de 2025 o setor público registou 426.632 funcionários públicos e agentes administrativos, refletindo o esforço contínuo da consolidação da administração pública e regularização dos vínculos laborais. No primeiro semestre deste ano foram atualizadas as categorias de 4.886 funcionários em vias de reforma, bem como 138 dirigentes terminaram os seus mandatos e 508 funcionários com mais de 11 anos de serviço. A Escola Nacional de Administração e Políticas Públicas capacitou 34.216 funcionários públicos e agentes administrativos, demonstrando a aposta firme na formação e valorização dos quadros do Estado, sublinhou Teresa Dias. De 2017 até ao primeiro semestre deste ano, mais de 669 mil pessoas receberam formação profissional e foram licenciados 270 centros privados, bem como homologados 36.990 certificados, apontou a ministra, destacando que a parceria com o setor privado vem crescendo. Também no que se refere à proteção social, Teresa Dias destacou o marco de três milhões de segurados e 170 mil pensionistas, elevando a cobertura de 18,3% em 2020 para 24,5% em 2024, “um progresso notável rumo à inclusão previdencial e formalização laboral”. De acordo com a ministra, esses resultados traduzem progresso técnico e compromisso institucional com as boas práticas internacionais em matéria de estatísticas do trabalho, apelando ao reforço dos prazos de remessa da informação estatística pelos órgãos provedores, assegurando a harmonização de dados setoriais e integração atempada no sistema nacional de planeamento. “Cumprir prazos é garantir qualidade e qualidade estatística é assegurar decisões políticas fundamentadas e dados credíveis”, afirmou. Segundo a ministra, essa iniciativa enquadra-se na visão do Executivo de reforçar a cultura do planeamento baseado em evidências, onde a estatística se assume como um eixo fundamental na formulação, execução e avaliação de políticas públicas, num contexto em que os desafios da governação exigem respostas céleres, consistentes e sustentadas. “Os dados estatísticos são a base da transparência, da eficiência e da confiança institucional”, disse, reforçando que “a estatística é hoje o verdadeiro coração de uma administração pública moderna” para se compreender a realidade social e económica, medir o impacto das políticas e definir prioridades “com rigor técnico e objetividade”. Leia Também: Novo autarca de Cabeceiras de Basto aposta no desenvolvimento económico

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