Moçambicanos no Exterior Enviaram Mais de 500 Milhões de

Transacções de Divisas Entre Bancos Caíram 67% Para 44

a d v e r t i s e m e n tAs remessas enviadas pelos moçambicanos residentes no estrangeiro atingiram os 544,8 milhões de dólares (34,9 mil milhões de meticais) em 2022, um crescimento quase seis vezes superior ao valor registado em 2016, segundo dados do Ministério das Finanças incluídos na Estratégia Nacional de Inclusão Financeira até 2031.

O documento indica que o País recebeu apenas 93,4 milhões de dólares (6 mil milhões de meticais) em remessas em 2016, o que evidencia um aumento expressivo ao longo de sete anos. Este fluxo crescente tem sido impulsionado pela persistente emigração laboral, sobretudo para a vizinha África do Sul, e é hoje considerado uma componente essencial do sistema financeiro.

“As remessas são uma componente vital no cenário dos serviços financeiros em Moçambique”, lê-se no relatório, que sublinha o papel destes fluxos monetários no processo de inclusão financeira de camadas significativas da população.

De acordo com o mesmo relatório, em 2019, cerca de 32% dos adultos moçambicanos afirmaram ter enviado ou recebido dinheiro através de remessas, contra os 23% registados em 2014. A maior parte das transferências, aproximadamente 80%, é feita através de moeda electrónica, utilizando serviços móveis oferecidos por três operadores activos no País.

“Este domínio da moeda electrónica deve-se à crescente disponibilidade e conveniência dos telemóveis em Moçambique”, explica o documento.

Apesar da prevalência dos canais digitais, os meios informais continuam a representar uma fatia considerável do mercado. Estima-se que 12% das remessas sejam realizadas através de redes de confiança, como grupos comunitários ou agentes de transferência informais, enquanto 11% são trocadas entre familiares e amigos de forma directa. Os canais bancários formais representam apenas 7% do total de remessas.

O Ministério das Finanças reconhece que este panorama diversificado reflecte tanto a expansão dos serviços móveis como as limitações ainda existentes no acesso aos canais bancários tradicionais, especialmente em zonas rurais.

A Estratégia Nacional de Inclusão Financeira tem como objectivo consolidar os progressos registados e alargar o acesso da população a serviços financeiros formais, com as remessas a desempenharem um papel central nesse esforço.

Fonte: Lusa

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