Moçambique Quer Produção Local de Medicamentos Para Reduzir

Moçambique Quer Produção Local de Medicamentos Para Reduzir

O Presidente da República, Daniel Chapo, anunciou que o Governo está a trabalhar com investidores e investigadores, nacionais e estrangeiros, para garantir a produção local de medicamentos, com o objectivo de reduzir a dependência externa.

“O Executivo está profundamente empenhado em incentivar a produção local de medicamentos e produtos de saúde, não como um gesto simbólico, mas como uma verdadeira prioridade nacional, para que Moçambique reduza a dependência externa na importação de fármacos essenciais para servir a nossa população”, afirmou.

Citado pela Lusa, o chefe do Estado acrescentou que o trabalho está a ser feito em colaboração com “os reguladores do sector da saúde e a classe empresarial, para criar incentivos, políticas e infra-estruturas adequadas, de modo a tornar esta visão uma realidade a curto prazo”.

“Estamos prontos e abrimos as portas aos investidores, empreendedores, investigadores e parceiros globais que acreditam no potencial de África não como um continente dependente, mas como construtores de soluções permanentes no acesso à disponibilidade de medicamentos seguros, eficazes e de qualidade”, sublinhou.

Em Maio, o ministro da Saúde, Ussene Isse, revelou que nos primeiros cinco meses deste ano foram gastos 9,4 mil milhões de meticais (145,8 milhões de dólares) na aquisição de medicamentos e material hospitalar, garantindo haver stock suficiente até ao final do ano.

“Nos primeiros cinco meses deste ano distribuímos medicamentos e material para tratar as principais doenças que afectam as pessoas no nosso país, nomeadamente doenças diarreicas, respiratórias, hipertensão arterial, diabetes, tuberculose e malária”, destacou.

Intervindo no Parlamento, durante a sessão de perguntas dos deputados, o governante voltou a admitir a existência de “desafios” para travar o roubo de medicamentos, mas adiantou que, só este ano, o “Ministério da Saúde já expulsou cinco funcionários envolvidos no desvio dos fármacos.”

“O País tem ‛stock’ suficiente para os próximos seis meses. Entretanto, registámos algumas restrições para a aquisição de medicamentos do sistema cardiovascular e do sistema nervoso, como analgésicos. Como se recordam, os armazéns sofreram vandalizações durante o período das manifestações (Outubro de 2024)”, declarou.

O ministro explicou ainda que o Executivo pretende introduzir um sistema electrónico para o controlo de medicamentos no Sistema Nacional da Saúde (SNS) para travar roubos e prometeu expulsar os profissionais do sector que forem encontrados a roubá-los.

Com a nova medida, espera-se reforçar a segurança e a integridade do sistema nacional de saúde, garantindo que os medicamentos cheguem efectivamente aos cidadãos que deles necessitam.a d v e r t i s e m e n t

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