Neurocirurgiões Moçambicanos Distinguidos no Dubai Por
advertisemen tO Hospital Central de Maputo (HCM) anunciou que sete médicos neurocirurgiões moçambicanos foram distinguidos no Dubai, Emirados Árabes Unidos (EAU), pela apresentação de cinco trabalhos científicos. De acordo com um comunicado citado pela Lusa, dos condecorados, um está afecto ao Hospital Central de Nampula, na região norte do País. “O feito ocorreu durante o 19.º Congresso Mundial de Neurocirurgia (WFNS, na sigla em inglês), realizado de 1 a 5 de Dezembro. O evento juntou a comunidade neurocirurgiã global e serviu para explorar avanços inovadores, trocar ideias e criar conexões entre renomados especialistas do mundo”, avança a nota. No mesmo documento, acrescenta-se que a equipa moçambicana conquistou o primeiro lugar em número de trabalhos científicos apresentados a nível do continente africano, e o segundo lugar ao nível da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), ficando atrás apenas do Brasil. Segundo a publicação, entre os trabalhos, destaca-se uma apresentação oral intitulada “Perfil Epidemiológico e Falhas no Tratamento de Lesões Medulares Cervicais”, bem como a divulgação de informações sobre o diagnóstico por imagem e implicações cirúrgicas em lesões medulares toracolombares. “Foi apresentada a caracterização clínico-cirúrgica de pacientes adultos com hidrocefalia no HCM; perfil clínico e cirúrgico de infecções supurativas intracranianas no sul de Moçambique; e traumatismo vertebro-medular em contexto de poucos recursos financeiros”, frisou. Em Novembro, o Ministério da Saúde avançou que pretende investir na formação acelerada e abrangente de médicos especialistas para melhorar o acesso aos cuidados cirúrgicos e reduzir a falta de profissionais. Na altura, o chefe do Programa Nacional de Cirurgia, Matchecane Cossa, revelou que o rácio ideal é de 20 cirurgiões por cada 100 mil habitantes, e que, actualmente, as províncias de Cabo Delgado, Niassa, Inhambane, Gaza e Manica têm o menor número de cirurgiões nacionais, com uma média de um a dois profissionais. “Uma operação normal envolve o médico e o anestesista, mas, actualmente, deparamo-nos com casos de existir um anestesista para dez cirurgiões. Sabemos que ainda contamos com o apoio de muitos profissionais estrangeiros, que nos ajudam a prestar serviços cirúrgicos, mas queremos começar a investir em cirurgiões para responder à procura interna”, descreveu. “Temos transferido pacientes, muitas vezes, para outros países, como Índia e África do Sul, para poderem ter cirurgias. Este cenário faz com que o País gaste muito dinheiro. Queremos que a formação dos médicos especialistas acelere. Maputo é a província que mais especialistas forma. Sofala, Nampula e Zambézia já contam com alguma capacidade, mas queremos abranger Cabo Delgado e Niassa”, concluiu. O País tem um total de 1778 unidades de saúde, 107 das quais são postos de saúde, três são hospitais especializados, quatro hospitais centrais, sete são gerais, sete provinciais, 22 rurais e 47 distritais, segundo os dados mais recentes do Ministério da Saúde.advertisement



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