Parlamentos Moçambicano e Malauiano Querem União em África
advertisemen tAs líderes dos parlamentos moçambicano e malauiano defenderam nesta terça-feira, 19 de Agosto, a união entre os africanos com vista a impulsionar o crescimento económico e reduzir a dependência externa. “Nós só poderemos crescer economicamente se reconhecermos os nossos desafios e os resolvermos juntos”, afirmou a presidente da Assembleia da República do Maláui, Catherine Hara, após um encontro em Maputo com a sua homóloga moçambicana, Margarida Talapa. A responsável esclareceu que “este é o melhor momento para os países africanos se aproximarem e olharem para as suas vantagens económicas com o objectivo de reduzir a dependência externa”, referindo também que a cooperação parlamentar é muito importante. Citada pela Lusa, Catherine Hara lembrou que Moçambique desempenha um papel importante para a exportação dos produtos agrícolas de vários países, inclusive do Maláui. “Se quisermos que as nossas nações se industrializem, devemos parar de olhar sempre para o Ocidente, quando temos os nossos próprios vizinhos.” Por sua vez, Margarida Talapa sublinhou que o País quer reforçar a cooperação com o Maláui para melhorar as condições económicas de ambos os povos. “Precisamos de melhorar e delinear acções ao nível dos nossos parlamentos para o bem das nossas comunidades.” Em Maio, os governos de Moçambique e Maláui anunciaram que querem simplificar e modernizar a mobilidade das comunidades transfronteiriças. Para tal, estão a decorrer trabalhos para introduzir o “E-Pass”, um cartão que vai facilitar as transacções comerciais entre as duas nações e desbloquear novas oportunidades económicas. “O E-Pass é um novo sistema que poderá facilitar a movimentação de pessoas e bens, além de reduzir os atrasos verificados na passagem de pequenas mercadorias ao nível das fronteiras entre os dois países, o que vai aumentar o volume dos produtos comercializados”, explicou o alto comissário de Moçambique no Maláui, Alexandre Manjate. Segundo o diplomata, a iniciativa conta com o apoio financeiro do Banco Mundial no âmbito do Projecto de Comércio e Conectividade da África Austral. “O passe electrónico está em conformidade com a meta do Executivo moçambicano, que consiste em promover o desenvolvimento bilateral e regional através do apoio aos pequenos negociantes da linha de fronteira.” Recentemente, foi anunciado que Moçambique vai receber, a partir de Novembro próximo, 5 milhões de dólares por mês com a exportação de 50 megawatts (MW) de electricidade da província de Tete para o Maláui.advertisement
Publicar comentário