Parque Nacional de Maputo Elevado a Património Mundial da

Parque Nacional de Maputo Elevado a Património Mundial da

O Parque Nacional de Maputo foi inscrito este domingo (13) na Lista do Património Mundial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), durante a 47.ª reunião da entidade, que decorre em Paris, capital francesa. A decisão reconhece os valores naturais excepcionais do parque. Segundo a UNESCO, o parque abriga cerca de 5 mil espécies e integra ecossistemas terrestres, costeiros e marinhos. A sua designação complementa os esforços de conservação do parque sul-africano iSimangaliso, reforçando a protecção da biodiversidade na região de Maputo. Com habitats variados como lagos, lagoas, mangais, recifes de coral, dunas, praias e zonas húmidas, o parque constitui um refúgio natural para espécies marinhas e terrestres. A diversidade ecológica e o estado de conservação destacam-se entre os critérios reconhecidos pela organização.advertisement O Parque Nacional de Maputo é contíguo ao parque iSimangaliso, na África do Sul, já classificado como Património Mundial. A União Internacional para a Conservação da Natureza, órgão consultivo oficial do comité da UNESCO para a natureza, identificou anteriormente o parque moçambicano como tendo “excepcional potencial”. A protecção da zona teve início em 1932 como área de caça, com o elefante como espécie principal. Em 1969, tornou-se a Reserva Especial de Maputo, graças à crescente valorização da biodiversidade local. Após a guerra civil, a recuperação ambiental foi uma prioridade. Em 2006, a assinatura de um memorando entre o Governo e a Peace Parks Foundation impulsionou o restauro da área. Desde 2010, o parque tem beneficiado de projectos de reintrodução e translocação de espécies, apoiando a recuperação do ecossistema. Com 1 718 quilómetros quadrados, o parque une duas áreas protegidas: a Reserva Especial de Maputo (com 1040 quilómetros quadrados) e a Reserva Marinha Parcial da Ponta do Ouro (com 678 quilómetros quadrados).“O novo estatuto muda a visibilidade do parque”, afirmou Miguel Gonçalves, administrador da área. “Esperamos que possa melhorar e aumentar o número de turistas, e caminhar para a sustentabilidade financeira, com impacto positivo no turismo e nas comunidades”, concluiu. Fonte: Lusa

Publicar comentário