“Portugal Poderá Facilitar Acesso da CPLP a Financiamentos
A embaixadora de Moçambique acreditada em Portugal e representante do País na cooperação multilateral no seio da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Stela Pinto Zeca, afirmou esta quarta-feira, 16 de Julho, em Bissau, capital de Guiné-Bissau, que “Portugal pode assumir um papel estratégico como facilitador do acesso dos países lusófonos aos fundos estruturais da União Europeia”, informou a Agência de Informação de Moçambique. “Portugal, enquanto membro da União Europeia, pode ser o nosso interlocutor directo para canalizar financiamentos e investimentos estruturantes para os países lusófonos”, declarou Stela Pinto Zeca, que se encontra na capital guineense para participar na “XV Conferência dos chefes de Estado e de Governo da CPLP”, agendada para sexta-feira, 18 de Julho. A diplomata sublinhou que a agenda 2020–2030 da União Europeia contempla linhas de financiamento destinadas a países em desenvolvimento, fundos esses que poderão ser mais facilmente mobilizados com o envolvimento de Portugal. “Em conjunto, é possível fazer essa coordenação para aproveitar as oportunidades disponíveis, em benefício da nossa comunidade”, referiu.advertisement No plano da cooperação efectiva entre os Estados-membros da CPLP, Stela Pinto destacou progressos visíveis, como a facilitação da mobilidade laboral e académica, bem como o reforço da formação técnica e superior de jovens. Segundo a embaixadora, “só no ano passado, Moçambique enviou mais de 400 estudantes para Portugal ao abrigo de regimes especiais da CPLP. Este ano, o número deverá ser semelhante. Estamos também a trabalhar para reforçar a formação técnica de moçambicanos em Portugal”. Ainda esta quarta-feira (16), teve lugar, em Bissau, a Reunião Ordinária do Comité de Concertação Permanente da CPLP, com o objectivo de preparar os documentos a serem debatidos na reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros, marcada para quinta-feira, dia 17, e que antecede a cimeira dos chefes de Estado. Durante o encontro, foi igualmente formalizada a transição da presidência rotativa do comité, que passou de São Tomé e Príncipe para a Guiné-Bissau, país anfitrião da cimeira. A conferência decorre num contexto de crescentes desafios sociais e económicos que afectam os países lusófonos. Nesse sentido, Stela Pinto Zeca considera que este cenário “reforça a urgência de coordenação diplomática e cooperação económica estruturada, com vista a transformar preocupações comuns em acordos concretos de desenvolvimento”.advertisement
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