Marcelo promulga aumento do salário mínimo para 920 euros em

O aumento, aprovado em Conselho de Ministros em 17 de dezembro, eleva a retribuição mínima mensal garantida dos atuais 870 euros para 920 euros, correspondendo a uma subida de 50 euros. “O Presidente do República promulgou o diploma do Governo que atualiza para 920 euros o valor da retribuição mínima mensal garantida para 2026”, lê-se na nota publicada hoje no site da Presidência da República. Em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, no Palácio da Vila, em Sintra, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, classificou a atualização como um “aumento significativo”. “Em ano e meio, com Luís Montenegro como primeiro-ministro, o salário mínimo sobe 100 euros. Faz parte de uma política de aumento de rendimento dos portugueses sustentada por um momento ímpar da economia nacional”, afirmou o governante. O aumento agora promulgado está previsto no acordo de rendimentos assinado em outubro de 2024 pelo anterior Governo PSD/CDS-PP com a UGT e as confederações patronais, que estabelece uma subida anual de 50 euros do salário mínimo até 2028. De acordo com esse acordo, o salário mínimo deverá atingir os 970 euros em 2027 e os 1.020 euros em 2028. O acordo de rendimentos que o anterior governo de Luís Montenegro assinou com a UGT e as centrais patronais em outubro de 2024 prevê que o salário mínimo suba a um ritmo de 50 euros em cada um dos anos até 2028. Confira os valores. Beatriz Vasconcelos | 08:16 – 18/12/2025 Montenegro quer salário mínimo “nos 1.600 euros” O primeiro-ministro e presidente do PSD, Luís Montenegro, aumentou, há uma semana, os objetivos salariais para o país, falando agora em 1.600 euros de salário mínimo e 3.000 euros de médio, um dia após mencionar valores inferiores. “Nós não queremos crescer 2% ao ano. Queremos crescer 3%, 3,5%, 4%. Nós queremos que o salário mínimo não chegue aos 1.100 (euros). Esse é o objetivo que temos para esta legislatura, mas nós queremos mais. Que chegue aos 1.500 ou aos 1.600”, disse no encerramento do X Congresso Nacional dos Autarcas Social-Democratas (ASD), no Porto. O primeiro-ministro, que uns dias antes tinha sugerido aproveitar a oportunidade da possível mudança das leis laborais para elevar o salário mínimo para os 1.500 euros e o médio para 2.000 ou 2.500, disse não querer “que o salário médio chegue aos 1.600 ou 1.700”, mas sim que “chegue aos 2.500, 2.800 ou 3.000 euros”. Quer à entrada e à saída do Auditório Nobre do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), onde decorreu o congresso dos autarcas social-democratas, Luís Montenegro não quis prestar declarações aos jornalistas. “Nós queremos, efetivamente, criar a riqueza que possa combater a pobreza. Nós queremos um país que pense e execute um projeto de desenvolvimento que possa ser duradouro, que possa ser consistente, que possa ser suficientemente robusto para, cada vez mais, ser exemplar, como já é, hoje, à escala europeia”, frisou no seu discurso. O líder do PSD atirou ainda aos que “duvidam” da ambição do Governo: “São os mesmos que duvidaram no ano passado que nós atingíamos as nossas metas orçamentais e económicas. Superámo-las. São os mesmos que este ano tornaram a duvidar e nós vamos tornar a superar”, assegurou. O primeiro-ministro antecipou também que “daqui a um ano” as suas palavras “vão fazer ainda mais sentido”, tal como daqui a quatro anos, no final da legislatura e dos mandatos autárquicos, que terminam ambos em setembro de 2029. (Notícia atualizada às 21h12) Leia Também: 1.600€? Afinal, para onde caminha o salário mínimo nos próximos anos?



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