Mais de 28 Mil Clientes Estão Sem Energia Eléctrica Devido
A Electricidade de Moçambique (EDM) anunciou que mais de 28 mil clientes estão sem energia desde quarta-feira, 5 de Novembro, na província da Zambézia, na região centro do País, na sequência de chuvas intensas e ventos fortes registados nas últimas horas. “Registámos incidentes causados pelas intensas chuvas e ventos fortes nesta zona. Com o efeito, devido aos danos provocados pela tempestade à rede eléctrica, algumas áreas da província estão sem iluminação”, avançou a empresa por meio de um comunicado citado pela Lusa. De acordo com a EDM, estão comprometidos os residentes dos distritos de Milange e Molumbo, no posto administrativo de Lioma e nas localidades de Magige e Ruace, estas últimas pertencentes ao distrito de Gurué. “Há equipas técnicas no terreno a trabalhar para a reparação da avaria e reposição da corrente eléctrica, o mais breve possível.” Moçambique é considerado um dos países mais severamente afectados pelas alterações climáticas, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, que decorre anualmente entre Outubro e Abril. Só entre Dezembro e Março últimos, na última época ciclónica, Moçambique foi atingido por três ciclones, incluindo o Chido, o primeiro e mais grave, no final de 2024. O número de ciclones que atingem o País “tem vindo a aumentar na última década”, bem como a intensidade dos ventos, alerta-se no relatório do Estado do Clima em Moçambique 2024, do Instituto de Meteorologia de Moçambique, divulgado em Março. Os eventos extremos provocaram pelo menos 1016 mortos em Moçambique entre 2019 e 2023, afectando cerca de 4,9 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística. Recentemente, o Executivo aprovou o plano de contingência nacional para a época chuvosa 2025-26 avaliado em 14 mil milhões de meticais (217,1 milhões de dólares). No entanto, admitiu dispor apenas de 6 mil milhões de meticais (93 milhões de dólares) da verba necessária. Em Setembro, as autoridades alertaram para cheias de “grande magnitude” no País e inundações em, pelo menos, quatro milhões de hectares agrícolas durante a época chuvosa 2025-26. “Entre Janeiro, Fevereiro e Março, achamos que vamos ter chuvas e cheias de grande magnitude, aquilo que classificamos como um regime alto, sobretudo nas bacias de Incomáti, Maputo e Limpopo”, afirmou Agostinho Vilanculos, director nacional de Gestão de Recursos Hídricos.advertisement



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