A Ministra da Educação e Desenvolvimento Humano de Moçambique, Carmelita Namashulua, apelou aos serviços que tutela na província de Cabo Delgado, norte do país, para que averiguem os casos de abandono de obras escolares por empreiteiros.
Escrita Por: Administração | Publicado: 3 years ago | Vizualizações: 25 | Categoria: Sociedade
"Assim não dá", desabafou a ministra, citada hoje pela Rádio Moçambique, num encontro realizado na terça-feira, em Pemba, com dirigentes provinciais: há projetos de salas em que "a construção começou, pagámos, mas estão abandonadas", disse.
São diversos casos, referiu, alguns a remontar a 2012, ainda antes da insurgência armada que afeta parte da província, segundo relatou na reunião com a direção provincial de educação.
"Se a culpa da negligência for nossa, temos de tomar medidas", tais como processos disciplinares ou processos crimes, se tal for o caso, acrescentou.
O encontro fez parte de uma visita que a ministra realiza à província de Cabo Delgado desde domingo e no âmbito da qual tem mantidos diversos encontros, entre os quais com entidades de Metuge, onde estão localizados alguns dos campos de acolhimento de deslocados pela guerra na província.
A violência armada em Cabo Delgado irrompeu em 2017 e está a provocar uma crise humanitária com mais de duas mil mortes e 560 mil pessoas deslocadas, sem habitação, nem alimentos, concentrando-se sobretudo na capital provincial, Pemba.
Algumas das incursões de insurgentes passaram a ser reivindicadas pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico desde 2019.