Banca moçambicana corta taxa de juro para 15,8% em dezembro

Desde janeiro de 2024 que a taxa, conhecida como ‘prime rate’, tem vindo progressivamente a descer, após seis meses consecutivos em máximos de 24,1%. As oscilações da ‘prime rate’ estão associadas à taxa de juro de política monetária (taxa MIMO, que influencia a fórmula de calculo da ‘prime rate’) pelo banco central, para controlar a inflação. Em agosto tinha descido para 17,20% e em setembro para 16,5%, mantendo-se inalterada durante o mês de outubro por decisão da AMB, apesar de, dias antes, em 29 de setembro, o Comité de Política Monetária (CPMO) do Banco de Moçambique ter cortado, pela décima vez consecutiva, a taxa de juro de política monetária MIMO, em 0,50 pontos percentuais, para 9,75%. Em novembro, a AMB cortou a taxa de juro para 16% e em dezembro para 15,80%. Antes, o Banco de Moçambique cortou em 14 de novembro, pela 11.ª vez consecutiva, a taxa de juro de política monetária MIMO, em 0,25 pontos percentuais, para 9,5%, apesar da preocupação com atrasos no pagamento de dívida pública. “Esta modesta redução reflete o agravamento dos riscos e incertezas associados às projeções da inflação, com destaque para o atraso no pagamento dos instrumentos da dívida pública interna pelo Estado. As perspetivas da inflação mantêm-se em um dígito no médio prazo. Em outubro de 2025, a inflação anual fixou-se em 4,8% após 4,9% em setembro”, anunciou então o governador do banco central, Rogério Zandamela, após a última reunião do CPMO de 2025. A taxa de juro diretora em Moçambique esteve fixada em 17,25% desde setembro de 2022, após a intervenção do banco central, que depois iniciou cortes consecutivos a partir de 31 de janeiro de 2024, quando reduziu para 16,5%. Em março do ano passado o Banco de Moçambique cortou para 15,75%, que se foram repetindo em todas as reuniões seguintes, até chegar a 9,75% em setembro e 9,5% em novembro. Na sua intervenção após a reunião deste mês do CPMO, Zandamela alertou que o “endividamento público interno continua a agravar-se”, com “impacto no funcionamento normal do mercado financeiro”. O CPMO reúne-se a cada dois meses e a próxima está agendada para 28 de janeiro de 2026. Leia Também: Moçambique admite “grandes dificuldades” na aquisição de equipamentos letais



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