Moçambique Sobe 20 Posições no Ranking Global de Risco
a d v e r t i s e m e n tMoçambique registou uma melhoria significativa no mais recente relatório do Basel Institute on Governance, subindo 20 posições no ranking global de risco de branqueamento de capitais e crimes financeiros (Basel AML Index). O País ocupa agora a 32.ª posição entre 177 jurisdições avaliadas, sinal claro dos progressos nas reformas de governança, transparência e combate à corrupção.
O índice avalia diversos domínios, incluindo a qualidade dos quadros legais de prevenção de branqueamento de capitais, transparência financeira, padrões de regulação, responsabilidade pública e riscos políticos e jurídicos — factores determinantes para o risco global de uma jurisdição.
De acordo com o relatório de 2025, a melhoria de Moçambique insere-se num contexto de avanços registados em várias economias africanas, onde cerca de 70% das jurisdições avaliadas apresentaram progressos no combate a crimes financeiros. Entre os países com maior melhoria relativa destacam-se Moçambique, Libéria, Burkina Faso, Nigéria, Mali e Tanzânia.a d v e r t i s e m e n t
Segundo os critérios do Basel AML Index, a subida de Moçambique pode estar associada a melhorias em áreas como a legislação contra o branqueamento de capitais, maior transparência financeira e cooperação internacional. A expectativa é que esta classificação possa contribuir para reforçar a confiança de investidores e melhorar o ambiente de negócios no País.
Contudo, o relatório alerta que o risco permanece elevado em áreas sensíveis como a fragilidade das instituições de fiscalização, práticas de suborno, padrões financeiros e vigilância pública — aspectos que continuam a exigir atenção e reforço contínuo.
A subida no ranking pode contribuir para a melhoria da imagem internacional do País, favorecer o acesso a financiamentos externos e atrair investimento estrangeiro. Para garantir a sustentabilidade destes ganhos, analistas defendem a consolidação de reformas estruturais, o reforço da transparência e o combate firme à corrupção e à lavagem de dinheiro em todos os níveis da administração pública e privada.
Após quase três anos sob vigilância internacional apertada, Moçambique foi oficialmente retirado da chamada “lista cinzenta” do Grupo de Acção Financeira Internacional (GAFI), reconhecimento que assinala os progressos realizados no combate ao branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo.
Esta saída, formalizada em Outubro de 2025, foi amplamente celebrada pelas autoridades nacionais como um passo crucial para o restabelecimento da confiança dos investidores e para o relançamento da economia nacional. O Presidente da República, Daniel Chapo, destacou que esta decisão “abre uma nova página” para o País, permitindo maior fluidez no sistema financeiro internacional e potenciando o ambiente de negócios.
Neste contexto de recuperação da credibilidade externa, a subida de Moçambique em 20 posições no Basel AML Index 2025, um dos principais barómetros globais de risco jurídico-financeiro, surge como mais um sinal positivo da trajectória de melhoria institucional, sendo interpretada como reflexo directo dos esforços recentes no reforço dos mecanismos de supervisão e na consolidação da arquitectura regulatória do sector financeiro.
Texto: Felisberto Ruco



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