Ministério do Trabalho acompanha “de perto” despedimento na

“Estamos a acompanhar de perto essa situação. Desenvolvemos uma nova metodologia com o IEFP (Instituto de Emprego e Formação Profissional) e com os centros de emprego para estarem presentes o mais precocemente possível junto dos trabalhadores e nas próprias empresas”, disse hoje à agência Lusa, no Fundão, Maria do Rosário Palma Ramalho. A governante falou aos jornalistas no final de uma visita à empresa de confeções Twintex, sediada em Aldeia Nova do Cabo, no concelho do Fundão. A Dielmar, do Grupo Valérius, deverá concluir, até final do ano, o despedimento coletivo de 22 trabalhadores. A medida vai abranger cerca de 15 por cento dos funcionários da unidade situada em Alcains, no concelho de Castelo Branco. “Com este acompanhamento precoce conseguimos ajudar os trabalhadores rapidamente a encontrarem um posto de trabalho, o que é particularmente verdade aqui, no Fundão, que tem uma taxa de desemprego abaixo da taxa de desemprego nacional”, realçou. Maria do Rosário Palma Ramalho aludia a declarações do presidente da Câmara do Fundão, Miguel Gavinhos (PSD), que, momentos antes, na receção da comitiva nos Paços do Concelho, disse que o município tinha 4,4% de taxa de desemprego. “Ora, nós (Portugal) temos 5,8%, o que já é pleno emprego. Portanto, acredito que para esses trabalhadores será também fácil encontrar uma solução rapidamente”, considerou. Questionada sobre o facto do Grupo Valérius, de Barcelos, ter sido apoiado, em 2022, pelo Estado e por fundos europeus para recuperar a Dielmar e avançar agora com um despedimento coletivo, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social respondeu que a situação é consequência de “movimentos normais nas empresas, porque o mercado também tem variações”. “Estamos num mundo de grande instabilidade e de muita oscilação no mercado. Temos é que estar preparados para, em primeiro lugar, rapidamente enquadrar esses trabalhadores com mecanismos de proteção que a lei prevê, os subsídios de desemprego e outro acompanhamento necessário e, sobretudo, reencaminhá-los para outras empresas, na mesma área ou noutra”. A ministra acrescentou que o Fundão “é um belíssimo exemplo de reconversão profissional, de colaboração entre empresas, como se vê pela taxa de desemprego”. O despedimento coletivo acontece três anos depois de a Dielmar, uma marca histórica da confeção nacional, ter sido adquirida pelo Grupo Valérius após ter sido declarada insolvente em 2021. Leia Também: Greve? Governo dá “mais tempo” à UGT, que aplaude mas entrega pré-aviso



Publicar comentário