Reservas Obrigatórias Caem 22% e Libertam Mil Milhões de Dólares Para a Economia
As reservas obrigatórias que os bancos comerciais moçambicanos são obrigados a manter junto do Banco de Moçambique registaram uma queda de 22% em Janeiro, libertando cerca de mil milhões de dólares (63 mil milhões de meticais) para reforçar a liquidez do sistema financeiro e apoiar a retoma económica.
Escrita Por: Administração |
Publicado: 1 day ago |
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Categoria: Economia
Segundo dados do banco central, o volume total das reservas passou de 291 mil milhões de meticais em Dezembro de 2024 para 227 mil milhões em Janeiro de 2025, reflectindo o impacto directo da redução dos coeficientes de reserva anunciada a 27 de Janeiro pelo Comité de Política Monetária (CPMO).
A decisão reduziu o coeficiente de reservas obrigatórias de 39% para 29% em moeda nacional e de 39,5% para 29,5% em moeda estrangeira, após mais de um ano de medidas apertadas para conter o excesso de liquidez e travar pressões inflacionárias.a d v e r t i s e m e n t
De acordo com o governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, a medida permitiu libertar cerca de 798 milhões de dólares em meticais, e mais 250 milhões de dólares em moeda estrangeira, injectando esses montantes directamente no circuito económico nacional.
“Neste momento, estamos confortáveis com o nível de liquidez existente no sistema. A medida teve o efeito desejado, pelo que não prevemos novas alterações nos coeficientes obrigatórios”, afirmou Zandamela, em conferência de imprensa realizada em Março.
A redução das reservas surge igualmente em resposta aos apelos do sector privado, que vinha alertando para a escassez de divisas e para as dificuldades de acesso ao crédito. A medida, segundo o banco central, visa “disponibilizar mais liquidez para apoiar a reposição da capacidade produtiva e a oferta de bens e serviços.”
Na mesma reunião de Março, o CPMO decidiu ainda reduzir a taxa de juro de política monetária para 11,75%, reforçando o ciclo de flexibilização monetária iniciado no início do ano.