Alerta de inundações no Zambeze e Incomáti

HÁ alerta de inundações nalgumas zonas atravessadas pelo rio Zambeze, nas províncias de Tete, Manica,Sofala e Zambézia, segundo o Ministério das Obras Públicas,Recursos Hídricos e Habitação, prevendo ainda cenário idêntico para a bacia do rio Incomáti, em Maputo.


Escrita Por: Administração | Publicado: 3 years ago | Vizualizações: 2202 | Categoria: Ambiente


Sobre o rio Zambeze, as inundações poderão resultar das descargas em curso, desde ontem, na barragem de Cahora Bassa, devido ao aumento dos volumes de água na albufeira, como resultado da chuva intensa que cai a montante, o que supera a previsão para este período.

Agostinho Vilanculos, chefe do Departamento de Gestão das Bacias Hidrográficas, explicou ontem à Rádio Moçambique que o volume da água descarregada da albufeira de Cahora Bassa vai aumentar passando dos actuais 1740 para cerca de três mil metros cúbicos por segundo.

Afirmou que dentro deste contexto serão directamente afectados os distritos de Dôa e Mutarara, na província de Tete; Tambara, em Manica; Chemba, Caia e Marromeu, em Sofala; e Mopeia e Chinde, na província da Zambézia. As descargas, segundo a fonte, visam garantir a segurança hidráulica operacional e estrutural da Barragem de Cahora Bassa.

“A Barragem de Cahora Bassa irá efectuar descargas na ordem dos três mil metros cúbicos por segundo. É uma situação à qual vale a pena chamar atenção para que as comunidades residentes observem as medidas de precaução”, indicou a fonte.

Agostinho Vilanculos explicou que o actual nível de armazenamento é bastante alto, sendo necessário criar capacidade de encaixe, uma vez que ainda não se sabe o que poderá acontecer efectivamente, até ao fim da época chuvosa.

Enquanto isso, o rio Incomáti já atingiu os níveis de alerta na província de Maputo.

A este propósito, Vilanculos reforça o apelo às comunidades que residem ao longo da bacia para que continuem a tomar medidas de prevenção.

O Incomáti registou 0,30 metros, acima do nível de alerta, em Ressano Garcia.

“Esta onda ainda está a viajar e esperamos que hoje (ontem) chegue a Magude e daqui a dois dias a Manhiça. Aqui chamamos a atenção, sobretudo, aos residentes da Ilha Josina Machel e das zonas baixas de Xinavane para que se previnam.

O Departamento de Gestão de Bacias Hidrográficas, na Direcção Nacional de Gestão dos Recursos Hídricos, refere, em comunicado, que prossegue a monitoria das bacias da regiãoCentro,onde orioPúngoè, emMafambisse, registatendência de baixar,mas mantendo-seacimadoalerta.Por seu turno, oBúzi, emMacuiana, tende a subir, apesar de ainda estar no leito normal.

NaregiãoSul,asbaciasdosriosMaputo, emMadubula, eFronteiraOeste,Limpopo, emCombomune, eSicacatemantêm a tendência de subir, ameaçando inundar zonas baixas da cidade de Chókwè e vila do Guijá, em Gaza, devido ao escoamento a montante.

A bacia do Umbelúzi, em Maputo, após registar um pico de 4,4 metros, na terça-feira, superando o alerta em 0,9 metros, tende a voltar ao leito normal. O incremento do caudal permitiu que a Barragem dos Pequenos Libombos, situada na bacia, passasse para 28,99 por cento da sua capacidade de enchimento, contra apenas 16,80, no sábado, um alívio para o sistema de abastecimento de água ao Grande Maputo que já estava a enfrentar uma crise, devido à escassez de chuvas.

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