Empresa América de aviação Boeing, regista cortes de emprego acentuados.

As reduções eram esperadas desde que a Boeing revelou planos no mês passado para reduzir sua força de trabalho global em 10% - ou aproximadamente 16.000 empregos.

 O executivo-chefe Dave Calhoun escreveu em um e-mail para a equipe. "Gostaria que houvesse outra maneira", Esta medida ocorre pois a Boeing está sofrendo com a queda na demanda por aeronaves, à medida que as viagens caem em meio à pandemia e agravam as pressões sobre a empresa, que já estava em crise após dois acidentes fatais do seu avião 737 Max e o aterramento global do avião no ano passado. Informacoes ainda apontam que em abril, os clientes cancelaram mais de 100 pedidos para o 737 e a empresa disse que não havia recebido novas reservas.

Vinculados a recuperacao aparente do setor de aviacao no mundo, o Diretor executivo afirmou dizendo que: "Mas esses sinais de eventual recuperação não significam que a crise econômica e de saúde global acabou". Nossa indústria voltará, mas levará alguns anos para retornar ao que era apenas dois meses atrás."

A Boeing disse na quarta-feira que retomou a fabricação de aviões 737 Max em sua fábrica em Renton, Washington, a uma "taxa baixa". 

Mesmo antes da pandemia, esperava-se que a crise na Boeing, que a forçou a interromper a fabricação do 737 em janeiro, fosse um grande obstáculo para a economia dos EUA. Fornecedores como General Electric e Spirit AeroSystems Holdings também anunciaram grandes cortes de empregos. As perdas de empregos confirmadas na quarta-feira incluem 6.670 cortes involuntários e 5.520 despedimentos voluntários nos EUA.

A empresa, que possui cerca de 18.000 funcionários internacionais, incluindo mais de 2.500 no Reino Unido, também anunciou 400 reduções em sua fábrica em Winnipeg, no Canadá, e outras 230 perto de Melbourne, na Austrália. Ambas as fábricas produzem peças para os negócios de aviação comercial da empresa.

A Boeing disse que "vários milhares de demissões restantes virão em grupos adicionais muito menores nos próximos meses".

"Isso pode envolver uma redução nos números em algumas partes da força de trabalho da Boeing no Reino Unido", disse a empresa à BBC. "Nossa equipe é nossa prioridade e apoiaremos ativamente os colegas em novas funções, sempre que possível. Estamos comprometidos com o Reino Unido".

FONTE: Jornal BBC news, edição de 28 de Maio de 2020, Disponível em: <https://www.bbc.com/news/business-52827377>