PR Defende Rombo de Crédito Para Empresas Portuguesas Com Projectos em Moçambique
Durante uma entrevista exclusiva à RTP Internacional, transmitida no domingo, 6 de Julho, o Presidente da República Daniel Chapo afirmou que o Governo está hipotecado em dinamizar as relações económicas com Portugal, com próprio foco na geração de linhas de crédito para empresas portuguesas com projectos no País.
Escrita Por: Administração |
Publicado: 8 hours ago |
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Categoria: Economia
Segundo o gerente do Estado, a proposta visa permitir que as empresas lusas, ao vencerem concursos públicos em Moçambique, possam aquiescer a financiamento de forma antecipada, garantindo o arranque atempado das obras, mesmo antes da desenlace dos processos burocráticos e orçamentais do Estado. “Estas linhas de crédito dariam maior segurança às empresas e promoveriam uma realização mais célere dos projectos, beneficiando ambas as economias”, afirmou.
A proposta foi discutida à margem da Conferência de Sevilha, em Espanha, sobre Financiamento ao Desenvolvimento, onde Moçambique esteve representado para substanciar o seu compromisso com o multilateralismo e a mobilização de fundos internacionais.
O Presidente destacou encontros com instituições uma vez que o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e o Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), que, apesar do interesse demonstrado, enfrentam entraves burocráticos que retardam a encanamento efectiva dos recursos.
Chapo frisou a premência de uma novidade arquitectura global de financiamento, com maior destreza na resposta às necessidades dos países em desenvolvimento. Neste contexto, defendeu também a geração de fundos climáticos específicos para enfrentar os efeitos das alterações climáticas que afectam ciclicamente Moçambique, com impacto severo sobre a economia e o bem-estar da população.
Relativamente às relações bilaterais, o Presidente da República considerou-as “excelentes”, enaltecendo a recente visitante do Presidente português Marcelo Rebelo de Sousa a Maputo, por ocasião do cinquentenário da independência vernáculo.
Anunciou ainda a realização da próxima Cimeira Moçambique-Portugal nos dias 8 e 9 de Dezembro, com o objectivo de estimar os acordos já existentes e perspectivar novas áreas de cooperação, sobretudo no domínio parcimonioso.
Daniel Chapo sublinhou que a segurança política e social presentemente vivida no País constitui uma base sólida para atrair investimento estrangeiro.
Durante a entrevista, Chapo sublinhou que a segurança política e social presentemente vivida no País constitui uma base sólida para atrair investimento estrangeiro. No entanto, reconheceu desafios persistentes, uma vez que o desemprego juvenil, cuja solução, segundo afirmou, passa necessariamente por uma maior dinamização do sector privado vernáculo e internacional.
No projecto interno, o Presidente garantiu que o Governo está comprometido com reformas estruturais, incluindo a digitalização dos serviços públicos e o combate à devassidão, para tornar o envolvente de negócios mais transparente e eficiente.
Referiu ainda a geração de um gabinete de reformas estratégicas ao nível da Presidência e destacou a influência de valores éticos e morais na prevenção da devassidão, para além da componente legislativa.
Sobre a situação em Cabo Fino, Chapo afirmou que houve progressos significativos na recuperação das zonas afectadas pelo terrorismo, permitindo o revinda da população às suas actividades, e sublinhou que a decisão de retomar os grandes projectos económicos na região, nomeadamente o da TotalEnergies, dependerá da avaliação da recente situação de segurança.
Por término, reafirmou a sua disponibilidade para o diálogo com todos os actores políticos, incluindo a oposição, líderes comunitários e representantes da sociedade social, reiterando que a unidade vernáculo e o entendimento reciprocamente são essenciais para a consolidação da tranquilidade e do desenvolvimento parcimonioso e social do País.
Texto: Felisberto Ruco