Manifestações Gerais: Importadores Alertam Para Escassez de Produtos de Primeira Necessidade

O presidente da Associação de Pequenos Importadores Informais de Moçambique, Sudekar Novela, alertou que o País poderá enfrentar escassez de alguns produtos de primeira necessidade durante os próximos dias, situação que poderá intensificar-se na quadra festiva que se aproxima, caso as manifestações e paralisações se prolonguem por mais tempo.


Escrita Por: Administração | Publicado: 6 days ago | Vizualizações: 19962 | Categoria: Economia


Numa informação divulgada pelo jornal O País, o responsável explicou que, de momento, os comerciantes deparam-se com dificuldades para movimentar mercadorias dos países vizinhos para Moçambique e vice-versa, frisando que o encerramento da fronteira de Ressano Garcia trouxe perdas a vários níveis. “Registámos prejuízos enormes relacionados com a falta de clientes e deterioração dos produtos nos mercados. Nos próximos dias, faremos o levantamento para sabermos mais ou menos quanto dinheiro perdemos por causa desta situação”, explicou. Novela alertou que a situação não pode continuar por mais tempo, havendo necessidade de se criar um espaço apropriado para o diálogo para ultrapassar este cenário, de modo que se garanta a existência de stocks suficientes e em tempo útil para fazer face à quadra festiva. Nesta quarta-feira, 13 de Novembro, manifestantes voltaram a ocupar a Estrada Nacional Número 4 (N4), junto à fronteira de Ressano Garcia, impedindo a circulação na maior travessia terrestre entre Moçambique e África do Sul, no âmbito dos protestos convocados pelo candidato presidencial Venâncio Mondlane. A fronteira, a cerca de 90 quilómetros de Maputo, reabriu totalmente no sábado, 9 de Novembro, após confrontos provocados por manifestantes que condicionaram a passagem durante uma semana, o que levou a um reforço policial no perímetro da fronteira. Nesta segunda-feira, 11 de Novembro, Mondlane apelou a um novo período de manifestações nacionais em Moçambique, durante três dias, a partir de quarta-feira, em todas as capitais provinciais, como contestação ao processo eleitoral. “Vamos manifestar-nos nas fronteiras, nos portos e nas capitais provinciais. Em todas as 11 capitais provinciais vamos paralisar todas as actividades para que percebam que o povo está cansado”, apelou Venâncio Mondlane, numa transmissão em directo na sua conta oficial na rede social Facebook. O candidato destacou que a quarta etapa de manifestações terá “várias fases”. “Durante três dias vamos manifestar-nos. Depois faremos uma pausa. Pedimos a concentração da população de todos os distritos. Os protestos devem ser alargados aos portos e às fronteiras do País e aos corredores de transporte que ligam estas infra-estruturas. Apelamos à adesão dos camionistas”. Os empresários moçambicanos estimaram em 24,8 mil milhões de meticais (354 milhões de euros) os prejuízos causados em dez dias de paralisações e manifestações, frisando ainda que 151 unidades empresariais foram vandalizadas. Fonte: https://natxos.com/manifestacoes-gerais-importadores-alertam-para-escassez-de-produtos-de-primeira-necessidade/
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