AO BANCO DE MOÇAMBIQUE: Privados remetem provas da falta de divisas no país
O SECTOR privado promete remeter ao Banco de Moçambique as facturas das empresas em atraso para comprovar a escassez de divisas no mercado cambial
Escrita Por: Administração |
Publicado: 11 hours ago |
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Categoria: Economia
A decisão foi anunciada ontem pelo presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, numa conferência de imprensa, na qual acusou o Banco Central de “pouco sensível” face aos problemas das empresas.
“Queremos demonstrar estas alegações. As operações de permuta de liquidez entre bancos comerciais no Mercado Cambial Interbancário, apesar de ligeira recuperação no quarto trimestre de 2024, caiu, quando comparado com 2023 e 2022”, argumentou.
Explicou que as operações de permuta de liquidez em moeda externa entre bancos atingiram mínimos históricos no segundo trimestre de 2024, estimando-se em 5,5 milhões de dólares, facto que para Vuma indicia constrangimento na liquidez.
Nas operações entre bancos e clientes o agregado de compra e venda cresceu 13% do primeiro ao terceiro trimestre de 2024.
Este crescimento deveu-se, essencialmente, ao aumento das compras de moeda estrangeira pelos bancos junto dos seus clientes, que subiram 18%, contrastando com um crescimento de 7% das vendas aos clientes.
No mesmo período em que as compras líquidas dos bancos aumentaram os activos externos líquidos reduziram. Num período de dois anos a queda foi de 47,5%.
Vuma entende que a acumulação de obrigações externas da banca, aliada à escassez de fontes de moeda estrangeira, como é o caso da redução da permuta de liquidez e o fim das intervenções do BdM no mercado cambial, levou os bancos a aumentarem as compras líquidas de divisas junto dos seus clientes.
“Neste caso, olhar para estas compras líquidas dos bancos, apenas, como posição cambial positiva pode ser enganador se não se ter em conta as obrigações para as quais essa posição deve ser aplicada”, vincou.