PR Propõe Conversão da Dívida Dos Estados Menos Poluentes em Financiamento Climático
O Presidente da República, Filipe Nyusi, defendeu nesta quinta-feira, 14 de Novembro, que a dívida dos países que menos poluem o ambiente devia ser convertida em financiamento climático, de modo que auxilie na capacidade de gestão e redução do risco de desastres.
Escrita Por: Administração |
Publicado: 6 days ago |
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Categoria: Economia
Intervindo virtualmente na cerimónia de lançamento do terceiro relatório bienal sobre a “Redução do Risco de Desastres em África”, o governante explicou que o período 2021-22 foi negativo para o continente africano, no que diz respeito à ocorrência de eventos climáticos adversos, que causaram impactos significativos nas estruturas de alguns países, retardando o desenvolvimento.
Nyusi lamentou o cenário de destruição influenciado pelas mudanças climáticas, enfatizando que, apesar dos esforços, o continente continua em desvantagem, pedindo, por isso, mais união e disponibilização de financiamento.
“Os desastres continuam a ter um impacto devastador no continente por serem responsáveis por quase 90% de todas as perdas de vidas, número de pessoas afectadas e perdas económicas. Todavia, apesar deste cenário, as comunidades económicas regionais e os Estados-membros desenvolveram um grande trabalho progressivo”, afirmou.
O chefe do Estado descreveu que o número de desastres naturais em África aumentou de 496 para 612, representando um crescimento de 23%, afectando 137,1 milhões de pessoas e gerando perdas económicas superiores a 37,3 mil milhões de dólares.
“Os impactos das mudanças climáticas incluem o aumento da magnitude e frequência da ocorrência de eventos extremos que, muitas vezes, interrompem o funcionamento normal da sociedade com perdas e danos materiais, económicos, ambientais, de vidas humanas e de saúde”, sustentou.
Filipe Nyusi recordou que a União Africana escolheu a Gestão do Risco de Desastres como uma das suas prioridades de desenvolvimento, por isso, várias iniciativas têm sido levadas a cabo, com destaque para a criação de uma Unidade de Redução de Risco de Desastres e a eleição de um Campeão da Gestão de Risco de Desastres.
“Destas iniciativas consta a promoção da planificação e preparação para desastres, no desenvolvimento da capacidade adicional do sistema de alerta prévio e na melhoria de políticas e estratégias na maioria dos Estados”, acrescentou.
O estadista apelou às partes interessadas para apoiarem os esforços dos países africanos e ajudar a reduzir o risco de desastres de modo que se alcancem os Objectivos da Agenda 2063 denominada “África Que Queremos”.
Fonte: https://natxos.com/pr-propoe-conversao-da-divida-dos-estados-menos-poluentes-em-financiamento-climatico/