Relatórios Revelam Movimentações Suspeitas Superiores a 2 MM$
O Gabinete de Informação Financeira de Moçambique (GIFiM) revelou que, no último ano, foram identificadas movimentações financeiras suspeitas superiores a 2,1 mil milhões de dólares.
Escrita Por: Administração |
Publicado: 7 hours ago |
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Categoria: Economia
De acordo com o director da instituição, Aurélio Matavele Júnior, estes valores resultam da análise de mais de três mil comunicações de Operações Financeiras Suspeitas (OFS), submetidas por entidades como a Procuradoria-Geral da República (PGR), bancos comerciais, seguradoras, empresas imobiliárias e concessionárias de viaturas.
Após um processo de filtragem, os serviços de inteligência financeira do GIFiM descartaram cerca de 2700 comunicações, por não apresentarem risco substancial, enquanto aproximadamente 300 transacções foram consideradas relevantes, resultando na elaboração de Relatórios de Informação Financeira (RIF) e de Análise Estratégica (RAE).a d v e r t i s e m e n t
O sector bancário destaca-se como a principal fonte de comunicações de operações suspeitas, sendo responsável por 80 a 85% dos casos analisados.
Outras áreas de risco incluem o sector imobiliário e o comércio de viaturas, onde há um elevado potencial para o branqueamento de capitais. De acordo com o GIFiM, a compra de imóveis e automóveis em numerário continua a ser um dos principais mecanismos utilizados para introduzir fundos ilícitos no sistema financeiro formal.
Os dados do GIFiM apontam para a cidade de Maputo como o principal foco das movimentações financeiras suspeitas, seguida pelas províncias de Nampula e Sofala. As autoridades alertam que, apesar do aumento dos mecanismos de fiscalização, continuam a ser detectadas tentativas de ocultação de fundos de origem duvidosa.
As entidades reguladoras e as forças de investigação mantêm-se em estreita colaboração com a Procuradoria-Geral da República, reforçando as estratégias de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento ilícito, com o objectivo de garantir maior transparência no sistema financeiro moçambicano.